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A propósito da cara justiça

.aspas ..

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Novembro é um mês particularmente difícil para a Justiça funcionar bem. Os outros meses difíceis são janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro e dezembro.

Mark Twain

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E persiste o mistério do portão do Tribunal do Juri de Curitiba.

É um belo portão com grades de ferro.

Corrente forte, cadeado caro.

Mas não fecha.

A qualquer momento, qualquer um, mesmo o maior bandido da cidade, sai livremente do Tribunal do Juri.
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cadeado É bonito, mas não funciona.
Posted on 25th novembro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Desenhando o cinza

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gemeos Nunca e Os Gemeos .
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Um tempo bíblico.

Sete anos levou o documentário Cidade Cinza para ser concluido.

Grande trabalho sobre artistas de rua de São Paulo, como Nunca e Osgemeos, cuja obra ganhou mundo.

Foi lançado em sessão pública, como convém. No vão livre do MASP.

Está no Shopping Cristal.

Posted on 23rd novembro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Tsai Lun ia vibrar com o futuro de sua invenção

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fggggg Tsai Lun

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O chinês Tsai Lun inventou o papel mil anos antes de Cristo.

Sua receita: tome folhas de palmeira e jogue na água fervendo. Cozinhe bem. Esmague e bata as folhas sobre uma pedra lisa. Coloque a pasta obtida sobre uma peneira feita de juncos delgados unidos entre si por seda ou crina. Fixe sobre uma armação de madeira. Seque a folha num varal. Pronto.

No Museu do Louvre há amostras do papel de Tsai Lun. São de alta qualidade.

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O operadores de corretora de títulos têm coração de pedra. Não suspiram, nem sonham. Não vacilam. A ação valorizou? Vende. Caiu? Segura. Caiu muito? Segura com todas as unhas, porque tudo que desce sobe. Agora os operadores estão mandando comprar ações de fábricas de papel e celulose.

-Por que tenho que ficar com esse mico? O mundo não quer mais coisas de papel.

-Mas seus papeis vão subir.

-Me da um motivo.

-Tenho dois. Primeiro, o mercado chinês de papel sanitário, que cresce a 12% ao ano. Segundo, o mercado de papel sanitário dos países emergentes. São mercados subpenetrados, condenados à expansão.

O operador está dizendo o seguinte: o mundo deixou de comprar papal de imprensa – lê na internet. Baixa livros digitais no iPad. Embrulha compras com plástico. Mas o mundo está comendo mais e, como tudo que entra sai, o mundo limpa a bunda com maior frequência.

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Os descrentes do papel são descrentes porque ainda pensam naquelas resmas que alimentavam as velhas impressoras. Ou naqueles blocos de folhas creme que as taquígrafas usavam. Ficam apavoradas ao saber que, nos Estados Unidos, o consumo de papel de imprensa diminuiu 65% desde 1999. E vai cair mais, porque jornal é coisa de idoso.

O homem comum ignora que a demanda chinesa por papel e celulose responde por 25% do mercado total. O consumo de papéis sanitários é baixo em mercados emergentes. Mas na América do Norte é de 22 kg por ano por pessoa.

Na Suécia, é maior ainda – 25 kg. Mas na Asia e na Africa a média é de 1 kg por pessoa.

Se voltasse ao mundo, Tsai Lun ia ficar feliz ao ver que sua invenção tem muito futuro. E talvez ligasse para o operador da Bolsa para comprar umas ações da Suzano ou da Klabin.

Posted on 21st novembro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Castigo para quem sai no feriadão

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diario catarinense Em Garuva, 40 km de lentidão. Está no Diario Catarinense.

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É porque tem carro demais ou porque há estrada de menos?

De qualquer forma, está promulgada a Lei do Feriadão para punir quem inventa de ir à praia numa época dessas, ainda mais com sol.

A lei estabelece que ficaremos encurralados entre caminhões, ônibus e carros durante o dobro de tempo normal para a viagem.

A menos que surjam circunstantes agravantes, quando o tempo parado na estrada aumentará de 50% a 100%.

Posted on 18th novembro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Biógrafos, muckrakers e a liberdade de expressão

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codigo O artigo 20 do Código Civil não é o único nem o maior problema do Brasil.

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Tive um sonho.

Sonhei que a lista de best-sellers publicada ontem pelos jornais destacava os seguintes campeões de venda na área de não-ficção:

1 – Os 12 Malfeitos de Chico

2 – A Vida Secreta de Caetano

3 – Tudo que Gil fez para vencer na vida

4 – As Lamentações de Djavan

5 – A Completa Verdade sobre o Acordo com Roberto Carlos

E que, na entrada da Livraria Curitiba da Boca Maldita, seguranças suados lutavam para segurar a multidão que desejava os livros. A fila de clientes enlouquecidos não diminuia porque era tanta gente lá dentro que eles só entravam em grupos de dez.

-Lá na loja está muito quente, dona!

-Só cinco minutos para pegar o livro.

-Muito calor. Falta ar. Aquela mulher gorda saiu agora de ambulância!

-Com livro ou sem livro? Porque se saiu com livro vou lá dentro à força para pegar o meu.

Chega um radialista com seu gravador. A repórter de TV arruma a maquiagem no espelhinho. Fotógrafos, câmeras, ajudantes, vários Ninjas com seus smartphones. E a mulher desdentada pede dinheiro pra tomar uma pinga, porque não está ali pra mentir pra ninguém como fazem os políticos. Aposentados que ficaram sem ponto por causa da aglomeração discutem o direito à privacidade com um vereador – aquele que faz discurso em sistema de amplificação portátil. Alguém avisa que os black blocs estão vindo para cá e também a torcida do Coxa pedindo atitude, além de cinco observadores dos Repórteres Sem Fronteiras – uma variada multidão atesta a popularidade que o livro enfim alcançou neste pais de analfabetos funcionais.

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Fim do sonho.

Em Fortaleza, os doze maiores biógrafos da nação publicaram um manifesto denunciando – de novo – o cerceamento da liberdade de expressão garantida pelo artigo 5º da Constituição Federal. Enquanto o Código Civil tiver aquele artigo 20, haverá censura prévia. Pior do que na ditadura.

Tanto o Supremo como o Congresso analisam a alteração do Código Civil.

Mas a Carta de Fortaleza não vai resolver os grandes problemas do Brasil, que precisa de um momento-verdade como tiveram os Estados Unidos no final do século 19 e início do século 20.

Nascia o jornalismo investigativo. Grandes jornalistas fizeram denúncias corajosas e alteraram a estrutura da sociedade americana num período de trinta anos. Os adversários apelidaram os jornalistas investigativos de muckrakers, catadores de lixo, gente que está sempre olhando para baixo, à procura de sujeira, em vez de contemplar os largos horizontes.

A lista de reformas alcançadas entre 1900 e 1915 é impressionante. A prisão por dívidas foi abolida em vários estados; o sistema penitenciário ganhou reforma; lei federal regulou a qualidade do alimento vendido ao povo em 1906; leis sobre o trabalho infantil surgiram em vários estados; uma legislação trabalhista federal foi aprovada em 1906 e aperfeiçoada em 1910; preservaram-se reservas florestais; em 1902 veio o New Land Act, regulando a propriedade da terra; vários estados aprovaram leis limitando em oito horas a jornada de trabalho das mulheres; foi proibido o jogo nas corridas; 25 estados votaram leis compensatórios para os trabalhadores; os monopólios do petróleo e do tabaco foram abalados; salvou-se o Alaska da gula dos Guggenheims e outros capitalistas; novas leis regularam o setor de seguros.

Revistas eram a plataforma principal do jornalismo muckraking. Samuel S. McClure e John Sanborn Phillips criaram o McClure’s Magazine em maio de 1893. McClure lidera a indústria editorial ao cortar o preço do exemplar de 35 para 15 centavos. Ampliou o publico e atraiu patrocinadores com preço baixo, bons textos e ilustrações.

Outros expoentes do jornalismo investigativo eram Lincoln Steffens, Ray Stannard Baker, Burton J. Hendrick, George Kennan, John Moody (analista financeiro), Henry Reuterdahl, George Kibbe Turner, and Judson C. Welliver. Seus nomes adornavam as capas de revista ao lado de Upton Sinclair, G.W. Galvin, John Moody), Samuel Hopkins Adams, Josiah Flynt, Alfred Henry Lewis, Jack London, Charles P. Norcross, Charles Edward Russell, William Hard, Thomas William Lawson, Benjamin B. Lindsey, Frank Norris, David Graham Phillips,George Walbridge Perkins, Sr., Charles Edward Russell, George French.

Podem dar um google nesses nomes. Só tem fera. Teodore Roosevelt também virou fera. Escreveu no Scribner’s Magazine após deixar o governo.

O New York Times registrou, na Book Review desta semana, as boas vendas de THE BULLY PULPIT, de Doris Kearns Goodwin. (Simon & Schuster.) O livro trata da relação entre Theodore Roosevelt e William Howard Taft e as atividades da imprensa muckraking. Custa 24 dólares. E vale cada dólar que custa.

Posted on 18th novembro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Nas mãos do cartel

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fgfgfgfgf Duas companhias controlam a aviação comercial.

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As passagens aéreas já aumentaram 16% este ano. Bem mais do que a inflação de 4,35%.

Mas será no ano que vem, com a Copa do Mundo, que o brasileiro sentirá toda a força do cartel das empresas aéreas. Uma passagem entre São Paulo e Rio, na época da abertura da Copa, custará R$ 2.393,00.

O deputado Eduardo Sciarra, que fez esta pesquisa, foi olhar o valor de um trecho para o Caribe – R$ 1.900. Perguntou quanto custará a passagem para a Argentina – só R$ 900.

Segundo ele, dados do IBGE apontam que as passagens aéreas subiram 131,5% (escandalosamente acima da inflação) de 2005 a 2012.

Posted on 15th novembro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Capital da inconsciência

inconsciencia Os manifestantes exigiram a volta do feriado de 20 de novembro./caption/

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Os desembargadores chegaram do almoço com o barulho do protesto.

Com ajuda da CUT, que emprestou o carro de som, a comunidade negra caiu de pau sobre o Tribunal de Justiça, que cancelou o feriado do Dia da Consciência Negra, decretado pela Câmara de Vereadores.

Curitiba é a capital do racismo, diz o manifesto em defesa do Dia da Consciência Negra.

“Nâo importa que Curitiba seja a capital com o maior número de negros no sul do Brasil. Aqui o racismo está estampado no mural da Câmara Municipal, que retrata todos os povos que colonizaram a cidade, onde não há sequer um negro ilustrado.(…) A população negra é condenada à invisibilidade, como se mãos negras não tivessem construido a igreja do Rosário, como se os irmãos Rebouças não tivessem construido a estrada de ferro.”

Posted on 12th novembro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Kazuko

Kazuko Akamine está convidando para o lançamento do seu livro Laçando a Lua, dia
20 de novembro, às 19 horas, no Graciosa Country Club.

É um livro de poemas, cujos titulos são enriquecidos com a arte Shodô,
elaborados no Japão.

Acompanha o livro CD onde Kazuco interpreta poemas, com fundo musical do Maestro Jaime Mitenbaum Zenamon.

A capa é de Ida Hannemann de Campos.

A renda reverterá para o Hospital Erasto Gaertner.

Posted on 12th novembro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet