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Governo e política, crime e segurança, arte, escola, dinheiro e principalmente gente da cidade sem portas
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As mulheres sabem a hora de fazer cara feia

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as mulheres Não estou gostando. Será que ele vai virar um galinha que nem o Kennedy?

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A primeira ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, 46 anos, é loira e linda.

E elegante. Tanto que o apelido dela é Gucci Helle.

Levemente de esquerda, como Obama.

Ai, rolou essa onda de simpatia mútua.

Posted on 11th dezembro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Platini e platitudes

platini Nunca foi tão bom? .

Betty Milan, da Folha de S. Paulo, conta: o francês Michel Platini, 58, um dos maiores jogadores da Europa nos anos 1980, disse, na Bahia, onde assistia ao sorteio dos jogos da Copa do Mundo, que o futebol “nunca foi tão bom” como é hoje.

Está certo que Platini, atual presidente da Uefa, que dirige o futebol europeu, e é candidato a presidente da Fifa, deve exaltar o esporte – afinal, seu fonte de renda a vida inteira. Mas, está no Brasil, precisa olhar em torno, ele que sempre teve muita visão de jogo.

Não é preciso dizer ao ex-craque da seleção francesa que o Brasil é um pais injusto. A injustiça espalha-se por toda a sociedade e incide com intensidade muito grande no futebol.

Alguns jogadores são, como Platini, muito ricos, podem até alugar um castelo francês para dar sua festa de casamento, como fez Ronaldo Fenômeno; outros, mal ganham para comer.

Entre os clubes é igual. Os ricos da primeira divisão jogam o ano inteiro e recebem generosa bolsa da TV Globo. Os pequenos – que às vezes só têm um jogo de camisas – disputaram em média, 18 jogos cada um em 2013.

Na arquibancada, a mesma coisa. Enquanto alguns tomam cerveja gelada no camarote, outros suam e passam sede no cimento do estádio – tão quente como o sétimo círculo do Inferno.

E se xingam e se agridem e chutam a cabeça dos que caem.
atletico Sangue e violência no cimento quente. .

Olha ai, Platini, o retrato do futebol que nunca foi tão bom.

Posted on 9th dezembro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Marketing do medo

arna Eu assalto, tu faturas

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A seguradora do Itau está em campanha de vendas. Neste fim de ano, recebe a ajuda do noticiário diário, onde abundam desastres meteorológicos e aumentam notícias de assaltos a residências. Olhe um trecho do mailing:

“A Proteção Residencial Itaú Personnalité proporciona a tranquilidade que você e sua família precisam para sua casa habitual, de veraneio ou apartamento.

Entre as principais coberturas estão incêndio, roubo ou furto de bens, danos elétricos, quebra de vidros e muito mais. E para os imprevistos do dia a dia você pode contar com serviços de chaveiro, eletricista, encanador, vidraceiro, entre outros.”

Ao email é anexada reportagem da Gazeta do Povo com o título “A cada hora uma casa é roubada”.

É um aspecto novo do marketing de oportunidades, que tradicionalmente serve para ligar o nome da empresa a uma data importante, a um movimento social, a um evento esportivo.

Aproveitar o noticiário negativo – crimes, desastres, derrotas – é uma demonstração da capacidade criativa dos marqueteiros do banco.

E também da coragem deles – estao associando a marca a fatos desagradáveis.

Não chega a ser igual ao agente funerário que chega com seu terno preto e palidez patibular para oferecer serviços à família cujo patriarca está com doença fatal.

Mas é parecido.

Posted on 8th dezembro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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Cuidado, Curitiba – um ciclista foi morto a canivetadas por um motorista

bikke A era do atropelamento acidental pode estar no fim.

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A bicicleta de Marcos Rocha, 32 anos, teria esbarrado no carro de Edson Correia, 35 anos. O motorista desceu do carro e matou o ciclista a golpes de canivete. Inaugurou uma nova etapa nas relações entre os condutores de veículos de duas e de quatro rodas.

O método tradicional era passar por cima. Brincava-se (brincava-se, bárbaro?) que no antigo Touring Club havia um pôster provocador: Já atropelou seu ciclista hoje?

(Deixem-me explicar o Touring Club, que ficava na esquina de Carlos de Carvalho com Cabral. Ele não era Touring porque não promovia tours; e não era Club porque jamais congregou automobilistas – apenas vendia serviços e seguros. Era entretanto um símbolo de status. “Sou do Touring” era quase como dizer “Sou do Curitibano”.)

Os ciclistas eram irritantes, mas não odiados. Postavam-se na frente dos carros sem medo. Na Curitiba dos anos 60, o atropelado podia ser sobrinho do atropelador.

A bicicleta não era um símbolo de liberdade, mas significava que o garoto de 13 ou 14 anos tinha chegado lá. Sabia se equilibrar sobre duas rodas e era proprietário de uma preciosidade fabricada na Itália, Alemanha ou na Tchecoslováquia.

Uma prova disso? Os desfiles colegiais de 7 de Setembro. No Colégio Santa Maria, éramos liderados pela banda de tambores, taróis e clarins e pela esquadra de ciclistas – entre eles meu amigo Luiz Gil Leão e outros garotos de sobrenome bacana.

Se você pedisse uma bicicleta a seu pai, ele podia dizer não e explicar que era um presente muito caro; jamais diria que era perigosa. Hoje ficou mais complicado explicar o motivo. As bicicletas são caras e perigosas. As de 7 quilos e US$12 mil, ficaram perigosissimas – é temerário circular com um veículo tão valioso.

Quer fazer o teste que prova isso? Pegue uma bicicleta de menos de mil reais, ponha uma camiseta de candidato a deputado e uma bermuda velha e saia por ai – você vai ficar invisível.
Houve quem matou para roubar bike na BR-277, onde era uma alegria pedalar cedinho em direção à Serra do Mar e, sobrando fôlego, até Morretes. Mas o cara não faz parte dessa história. Era um latrocida, matou para roubar.

Suspeito que crime de Santa Candida tenha sido mais que uma briga de trânsito. Quem perdeu a vida representava outro grupo. Se fosse possível entrar na cabeça do autor, talvez se identificasse um ódio de intensidade comparável ao dos assassinatos por motivo religioso, social ou racial.

Foi homicídio qualificado? Certamente. Assassinato por motivo fútil. Houve intolerância social? Provavelmente.

Posted on 7th dezembro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet
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O caos. Como estava previsto

arvore Galho de ipê caiu sobre a Nicolau Maeder. São 22h e ainda há muito trabalho.. .
gggggg Era só a copa do ipê de 20 anos. Se caisse sobre seu carro, perda total. .
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Há tardes em que Curitiba fica tão quente como Macapá ou Bangkok. Um calor grudento, que convida a arrancar a gravata e correr para o ar condicionado.

Lá pelas cinco da tarde parece que a cidade ganha pernas e segue para o norte do paralelo 25, à procura do Equador.

Ai, cai a tempestade.

Ontem, diz o jornal, além da água que desceu em grandes pingos, foram 40 mil raios em sete minutos.

Sob a chuva forte, passei pela Igreja do Divino Espírito Santo, engatei uma terceira e prossegui pela Carlos Pioli até a esquina da Nilo Peçanha.

Então tudo engarrafou.

O semáforo não funcionava, a exemplo de 200 outros equipamentos de sinalização espalhados pela cidade, que pifam ao primeiro raio.

Preso no tráfego ao lado de centenas de motoristas irritados, descobri que esta é uma esquina perigosa, fatal para quem vacila. Mão dupla para oeste, mão dupla para o norte, mão dupla para o sul, mão dupla para o leste.

Procurei alguém da Setran. Ninguém. (Estamos a trezentos metros da Prefeitura.) Nem um guarda municipal para emprestar um pouco de respeito ao caos. Passou das seis, desconfio que foi tomar uma gelada.

Penso no nosso Secretário do Meio Ambiente, o afamado professor Renato Eugênio de Lima. Ele é autor de quatro livros sobre desastres ambientais. Além de mestre da Universidade Federal do Paraná-UFPR, com pós-graduação na Universidade de Brasília e na École de Mines de Paris, ele é o criador do Nucleo Interdisciplinar de Meio Ambiente e do Centro de Apoio Científico em Desastres – CENACID/UFPR.

Infelizmente, o Secretário não aparece para assumir a coordenação das medidas de defesa civil.

As emergências estão apenas começando. Exigem ações coordenadas.

Curitiba chegou a um ponto que, além do colapso dos sinaleiros, caem árvores sobre carros, falha a distribuição de energia da Copel, param de funcionar as estações elevatórias da Sanepar, anunciando iminente falta de água.

Há também telefones celulares em pane, computadores sem luz e sem banda larga, velhinhos doentes presos no 15º andar, ambulâncias paradas no engarrafamento, bandidos fugindo no escuro da cadeia de delegacia – e isso é só o começo, esperem as chuvas de verão.

Para piorar tudo, prefeito e governador são adversários políticos e temos eleição no ano que vem.

Só saí da esquina da Carlos Pioli com Nilo Peçanha porque um motorista audaz, dirigindo uma Mitsubishi TR4, arrancou com sangue nos olhos. Resolvi seguir atrás dele. Cruzamos a Hugo Simas (sinaleiro apagado), entramos a esquerda na Alberto Gonçalves (sinaleiro apagado), atravessamos a Teffé (apagado) e a Roberto Barroso (apagadíssimo), até chegar ao precário conforto da Manoel Ribas, onde os semáforos funcionavam às 19h de ontem.

Em compensação o trânsito não anda porque em dezembro todo mundo vai jantar em Santa Felicidade.

luz Visconde do Rio Branco, 22h30.
Posted on 6th dezembro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet