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Joseph Gordon-Levitt
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Joseph Gordon-Levitt junta-se aos Gregory Brothers numa balada para comemorar o debate final Biden-Trump.
Está no New York Times. Tem 3min58 e demora um pouco para carregar. Se quiser assistir clique aqui
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Um acordão no Senado permitiu ao ex-vice-líder do governo Jair Bolsonaro Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado com dinheiro na cueca e entre as nádegas, pedir na terça-feira (20) afastamento por 121 dias.
Com isso, o Ministro do STF Luis Roberto Barroso revogou o ato em que afastava o senador e que poderia acabar em cassação do mandato dele.
Rodrigues continuará como investigado no ar condicionado de casa. Não é investigado por um deslize qualquer: a polícia diz que ele está envolvido em desvio de dinheiro destinado ao combate à Covid-19 em Roraima. Crime abominável.
A menos que apareçam evidências cabeludíssimas, reassumirá sua cadeira em quatro meses e vida que segue. No Brasil, quem tem foro privilegiado e um advogado caro (ele tem três) pode fazer praticamente tudo sem risco de cadeia.
O nome disso é elitismo. Herança portuguesa.
Na Revista dos Tribunais de 2015, vol.958 (Agosto 2015), Hugo Otávio Tavares Vieira, mestre em Direito e juiz federal da 1.ª Região, escreve que o elitismo está no DNA do Brasil.
As Ordenações Filipinas, transformadas em lei brasileira por D. Pedro I, vigoraram no nosso país até 1916, quase cem anos após a independência. Valiam mesmo após a revogação em Portugal, em meados do século 19.
Eram um monumento ao elitismo. Hugo Otávio cita trechos da lei portuguesa/brasileira e chama a nossa atenção para a ordenação que fala do meirinho-mor (primeiro livro. tít. LVII. caput e item 1):
“O Meirinho Mór deve ser homem muito principal e de nobre sangue, que as causas de muita importância, que lhe per nós, ou per nossas Justiças requeridas, possa bem fazer. (…) E a seu ofício pertence prender pessoas de Estado, e grandes Fidalgos, e Senhores de terras, e tais, que as outras Justiças não possam bem prender (…).”
Apesar do estilo empolado, o espírito da ordenação é claro. “Até mesmo para uma função menor, como a de meirinho, as Ordenações exigiam sangue nobre”.
O autor continua: “O que denuncia elitismo doentio é o fato de que existia um meirinho especial para prender nobres. Em outras palavras, um criminoso nobre não podia ser preso, nem sequer tocado, por um pobre. O malandro nobre só podia ser preso por um funcionário de sua própria estirpe. Isso ia além de uma sociedade aristocrática.”
“Era uma sociedade de castas”, diz o autor.
E continua sendo.
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A vida pela janela.
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O Santa Maria valoriza os projetos de investigação. O site do colégio diz que eles “propiciam condições para que as crianças sejam protagonistas de suas aprendizagens, elaborando e investigando hipóteses sobre o ambiente em que vivem. Por meio da investigação, percebem o mundo e as relações que nele se estabelecem.”
Hoje, o projeto importante é o drive thru. Impossibilitados de oferecer aulas presenciais, os professores conversam pela janela com alunos e pais. Não é quebra da quarentena: lá estão as máscaras e o distanciamento; é apenas um momento encantado. Um verifica que o outro não se transformou definitivamente em imagem do Zoom.
Eis a hipótese investigada com sucesso: é possível sobreviver ao isolamento com aulas virtuais e ter um aproveitamento não muito distante do normal. E é uma alegria verificar como aquela professora mais veterana ficou feliz com o resultado dos alunos e, sobretudo, com ela mesma.
Vamos reconhecer: mergulhar de cabeça em toda essa tecnologia foi uma incrível vitória pessoal.
Agora ela consegue tirar o máximo de sua câmera Logitech. Transformou o zoom meeting em zoom class. Sabe usar fundos virtuais. Gráficos e tabelas ficam mais bonitos. Melhora o rendimento do microfone. Acabou a reverberação. E a iluminação está mais certinha.
Aulas remotas, aposto, nunca mais deixarão a escola. Por mais que o mundo volte ao normal.
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Assisti ontem à live de Mônica Salmaso com a turma reunida pelo Roberto Menescal. Super qualidade. Canta para o computador como se estivesse enfrentando a plateia do Paiol. Aqui, em 2014, perto do Natal, Monica homenageou Noel Rosa. O espetáculo trouxe a Curitiba 17 das mais de 250 composições feitas por Noel ao longo da sua curta carreira. No palco. o grupo Companhia Ilimitada usou instrumentos tradicionais e alguns não convencionais. Foto AFSJ.
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Magazin Avenida. Fechou em 1997. Vestiu curitibanos e curitibanas durante décadas. Abrigou o Silvestre, alfaiate que cortou boa parte dos ternos que desfilaram nas melhores festas da sociedade. Um dia o Magazin morreu, vítima do pret-a-porter, de maus clientes e de problemas de gerenciamento. Foto José Kalkbrenner
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Distópico.
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Aviso aos curitibanos: esse não é o “esplêndido sol silente de raios deslumbrantes” descrito por Walt Whitman em famoso poema.
É só um sol – um pobre sol no ocaso, transfigurado.
Nuvens de poeira, fumaça e gases vindas do oeste fragmentam a luz. Produzem tons vermelhos, violetas, amarelos, laranjas. Alarmes.
O espectro de luz que encanta os namorados do Bosque do Papa e assombra os ambientalistas não é só um fenômeno da ótica. É um Mal’ak. Vem anunciar um mundo sem divisões. Não mais libertos e escravos, patrícios e plebeus, lordes e servos, mestres e aprendizes, numa palavra, opressores e oprimidos. Apenas a vasta massa de sufocados na nuvem tóxica do ocidente.
Em 1953, o estrategista da RAND Corporation Herman Kahm criou o termo Megadeath para designar a eliminação de um milhão de pessoas. Alguém argumentou mais tarde que a guerra nuclear, longe de ser impensável, poderia ser uma decisão política realística para os EUA. A ideia foi debatida nos altos escalões e mais tarde nos baixos escalões até que se tornou, sob o nome de “Megadeath”, uma banda heavy metal.
Abaixo da linha do Equador, o termo não é muito conhecido. Mas as mortes em massa pela
- pandemia mal controlada,
- incêndios florestais,
- pelo envenenamento da água, do ar e do solo
somam quase uma Megamorte.
Se os bons vencerem, entretanto, Megamorte pode virar mote para um evento de hip hop.
O boletim do momento diz que o povo, bem, boa parte do povo ainda acredita em se proteger com máscaras, álcool e distanciamento.
Falta acreditar na advertência do anjo: expulsem da cidade os falsos pós-doutores de Harvard e os mestres de araque de Navarra, que negam o aquecimento, a vacina e a mais-valia.
Ou eles expulsam todos nós , os não-resignados.
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Hoje, trabalhando numa rua de Oslo, ouço a pergunta:
-Isso que você está fazendo é legal?
-Não é a pergunta certa – disse. Você deveria perguntar: -Isso que você está fazendo é bom ou mau?
Ele retrucou:
-Tudo bem, mas o que significa esse desenho?
-Significa que deveria ser proibido morrer no mar Mediterrâneo só porque você está tentando escapar da miséria ou da guerra.
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P.S. – Clet Abraham é um artista de rua francês que mora em Florença. Está no Facebook.
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1) TRUMP VOLTA A TER FEBRE
2) GUEDES RENUNCIA
3) APOSTADOR DO JUVEVÊ LEVA MEGA SENA SOZINHO
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“Só vou comer porque você está insistindo.”
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Os navios de cruzeiro atracados desde março em Miami.
Quem sonhava com viagem em transatlântico de luxo não precisa mais sonhar.
O roteiro do luxo está traçado. A publicidade anuncia amplas suítes com vista para o mar. Os mais belos destinos em sete continentes. Atendimento personalizado por comissários que falam sua língua. Restaurantes abertos 24 horas. Cassino, club, fitness e beauty center.
Você será recebido a bordo por um staff em uniforme de gala, que servirá o melhor champagne em taças de cristal da Bohemia.
Não é cedo para toda essa festa?
Claro que é. O governo dos EUA só liberou os cruzeiros para atender a pressão da indústria do turismo da Flórida, um dos estados-pêndulo que podem dar a vitória a Trump dia 3 de novembro.
Agora, vejam a crueldade das companhias que se preparam para voltar a operar: elas mantém milhares de tripulantes trancados em navios sem receber pagamento. Haitianos, salvadorenhos, panamenhos, sem dinheiro e sem passaporte. Eles ficam à mercê dos empregadores.
O Miami Herald informa que para a tripulação do navio Grand Celebration, da Bahamas Paradise Cruise Line, atracado em Palm Beach, a espera foi particularmente difícil. O pessoal da limpeza e da cozinha trabalhou sem salário desde março e agora entrou com uma reclamação (class action) no tribunal federal de Miami.
A ação diz que a companhia obrigou os empregados a trabalhos forçados. Entre outras acusações.
Apesar dos abusos denunciados, o governo dos EUA faz um único pedido às companhias de navegação: os cruzeiros devem respeitar “procedimentos seguros”.
Se der zebra, a responsabilidade é das companhias marítimas.
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A petição dos marinheiros à justiça federal dos EUA.