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Cycles Super-highways são rotas ciclísticas que correm da periferia para o centro de Londres. As bicicletas seguem em canaletas próprias, separadas dos automóveis e caminhões, cortando toda a cidade. Um caminho seguro e mais rápido para chegar ao trabalho.
O prefeito trabalhista Sadiq Khan está investindo 770 milhões de libras, mais de quatro bilhões de reais, para melhorar a vida dos ciclistas. Quer transformar a bicicleta em meio de transporte “óbvio” para todos os londrinos.
A primeira parte, a Cycle Super Highway 5, está concluída.
Apesar disso, Rowan Moore, do Guardian, escreve que o projeto ainda é “uma supertarefa”. As super-highways têm o potencial de mudar o espírito e o caráter da capital e de outras cidades que seguirem o mesmo caminho, bem como tornar o sistema de transporte delas mais limpo, mais saudável, mais seguro e capaz de lidar com a crescente pressão do número de passageiros.
Podem também – conclui Moore – provar que o antigo prefeito conservador Boris Johnson “foi capaz de fazer ao menos uma coisa certa.”
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Johnson é ciclista, pertence à subcategoria dos que gostam da emoção. Enfrente carros e caminhões no tráfego pesado do centro sem capacete. Se adotasse a proteção, explicou ao Economist, “seria denunciado como medroso, um vendido ao lobby da segurança.”
O antigo e o atual prefeitos sabem que o problema está nos velhos ônibus vermelhos de dois andares e nos taxis. São 8.300 veículos antigos espalhando dióxido de nitrogênio pela cidade. E 32 mil taxis também com motores diesel.
As bicicletas entram em cena 1) para acelerar a transformação das frotas poluentes por veículos elétricos e para descongestionar as ruas; e 2) para provocar brigas no trânsito porque as obras atravancam as ruas e retardam os automóveis.
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