Casada, adúltera e violenta

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Quem apanha não esquece.

 

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Dia 7 de outubro tem eleição, uma eleição casada. Serão escolhidos presidente da República, governador do Estado, senadores, deputados. Em 1994, quando Fernando Henrique derrotou Lula pela segunda vez, o senador Pedro Simon avaliou: “Não foram eleições casadas; foram eleições adúlteras – as mais adúlteras da história!”

A traição foi geral. Fernando Henrique venceu onde o candidato do PSDB a governador perdeu. Lula perdeu onde o candidato do PT venceu.

A eleição tinha sido federalizada. A maior parte do dinheiro estava nas campanhas presidenciais. Os candidatos ao governo e ao congresso trataram de fazer suas próprias alianças. Era o descasamento.

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Na eleição de 2018, além da federalização, há o efeito Lula.

Isolado em seus 15 metros quadrados da Polícia Federal, martirizado pelo Judiciário e pela grande mídia, o ex-presidente padece as pequenas maldades da juíza Lebbos, enquanto Aécio Neves e outros acusados disputam vagas ao Senado e à Câmara. O martírio, sabem todos, é o melhor atalho para a santidade. Lula poderá repetir  Getúlio Vargas, em 1946.

Do exílio de São Borja, o presidente deposto pediu ao eleitor para eleger o general Eurico Dutra, do PSD, contra o brigadeiro Eduardo Gomes, da UDN. O general era um poste. Tinha alguma experiência de caserna e nenhuma de palanque. Além disso dizia “voxeis” em vez de vocês. Conseguiu 55% dos votos contra 34% do adversário. Getúlio voltou e o resto está na história.

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Existe ainda a questão da violência contra os professores. Saiu até no New York Times. Você não lembra em quem bate, mas quem apanha não esquece o agressor. Naquela tarde rude e perigosa subiram no palanque dos professores Gleise Hoffman, Roberto Requião e a vice-prefeita Miriam Gonçalves. Não se sabe em que medida a memória da batalha do Centro Cívico beneficiará os três.

Ou, pensando no outro lado, ninguém avalia quanto as fotos prejudicarão as candidaturas de Beto Richa, Cida Borghetti, Fernando Francischini. E talvez de Ratinho Júnior, que era secretário de Beto e ficou na dele. Um pedido de demissão naquela hora valeria hoje uns cem mil votos.

O eleitor talvez não lembre outros personagens agora candidatos. Michelle Caputo era Secretário da Saúde, Flavio Arns, Assessor de Assuntos Estratégicos e Silvio Magalhães Barros, Secretário de Planejamento.

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O MP abriu inquérito. Sobrou para o comandante da PM, que se demitiu.

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