Alguns chamam isso de neocolonialismo financeiro. Mas dinheiro é dinheiro

A Copel anunciou a venda de 104.927.939 ações preferenciais para a Invesco. Pelo valor do dia, a operação representa a entrada de 1,5 bilhão de reais no caixa da empresa.

Isso significa a alienação de cerca de 6,5% da empresa para um gigante multinacional. Ao lado da Black Rock, Vanguard, State Street e First Trust, a Invesco concentra o dinheiro do mundo com um único objetivo: gerar retornos para os acionistas.

Não é como o Banco Mundial, que envia dinheiro para países em dificuldades e promove programas de desenvolvimento urbano e rural.

A Ivesco e as outras asset managers atuam para engordar o caixa de fundos de pensão, fundações e megainvestidores – praticamente todos no Hemisfério Norte.

Alguns chamam essa atividade de neocolonialismo financeiro.

O presidente e CEO da Invesco chama-se Andrew Schlossberg (veja a foto dele acima) e mora em Atlanta, Georgia. Descobri que é apaixonado por futebol e pelo Chelsea porque morou longo tempo em Londres. Define sua atividade com uma frase curta: ”We are in the fiduciary business”.

Fiducia em latim quer dizer lealdade.

Lealdade ao investidor.

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P.S. – A Copel vai precisar de muito dinheiro nos próximos anos porque vive uma situação paradoxal: de um lado aumenta a demanda de energia com o desenvolvimento do Paraná; de outro suas geradoras estão a cada dia menos eficientes porque chegaram à idade provecta. Aos 60 anos, as hidrelétricas são obrigadas a trocar turbinas e geradores, além de aumentar os investimentos para desassorear as represas.

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