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Todo brasileiro moderadamente informado sabe que a corrupção não é o grande problema nacional.
Não é mesmo.
Cinco vezes maior é a evasão fiscal, aquilo que as grandes empresas sonegam da Receita Federal. Evasão fiscal devia ser matéria escolar.
Sabe inglês? Então leia o que diz o site do Tax Justice Network (rede de justiça fiscal, em tradução livre), organização internacional independente com base em Londres, que analisa e divulga dados sobre movimentação de impostos e paraísos fiscais.
Outro grave problema são as fraudes financeiras, os golpes que a sociedade leva do sistema financeiro.
Fica mais claro após ler The Fix: How Bankers Lied, Cheated and Colluded to Rig the Word’s Most Important Number, de autoria de Liam Vaughan e Gavin Finch, publicado pela editora Wiley. Comprando pelo site custa $24.95 o exemplar de capa dura e $11.95 o ebook. Tem na Amazon também por 78 reais.
The Guardian fez um resumo do livro.(www.theguardian.com/business/2017/jan/18/libor-scandal-the-bankers-who-fixed-the-worlds-most-important-number). Explica em texto claro, sem economês, como “com descaso arrogante pelas regras, traders conspiraram para manipular a Libor, a mais importante referência do mercado”.
A taxa Libor diz quando custa o dinheiro que um banco empresta para outro. Se manipulada em momento de crise, permite aos espertos comprar barato dos que estão desesperados para se livrar de ativos e vender com grande lucro para os que precisam continuar no mercado.
A dupla malandragem resultou na quebra geral de 2008 e foi paga pelos contribuintes norte-americanos. A conta seguiu para outras nações, inclusive o Brasil, onde o sistema financeiro fica inquieto cada vez que alguém começa a baixar a taxa Selic, de certa forma a nossa Libor.
Temer começou a praticar essa ousadia há pouco. Notaram como o noticiário sobre o processo no Tribunal Superior Eleitoral contra a chapa Dilma-Temer está ganhando evidência?