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A manchete do tabloide britânico Daily Mail dizia algo como: “O homem mais sexy do mundo também é o mais furioso”.
O Mail contou a seus leitores que a mãe libanesa da noiva de Clooney proibiu o casamento por motivos religiosos. Em caso de desobediência, ela podia ser morta.
Era invenção. O ator reagiu em artigo publicado no USA Today: “Temos parentes em vários lugares do mundo e a idéia de que alguém resolva provocar um incêndio desses apenas para vender jornal devia ser criminalizada”. E seguiu com a crítica: “Eles colocaram minha família e meus amigos em situação de risco e cruzaram a linha divisória entre um tablóide ridículo e uma instrumento de incitação da violência”.
A presença dos tabloides ingleses nos Estados Unidos é cada vez maior. O Mail tem 160 funcionários entre Los Angeles e Nova York, ganhando entre 40 e 60 mil dólares. Em março, o Mailonline.com atraiu 46,4 milhões de visitantes únicos, entre eles 17,2 milhões de visitantes dos Estados Unidos. (Fonte: comScore.com).
A fórmula é rústica: histórias sobre pessoas que sobreviveram a ataques de alces, cirurgias plásticas mal sucedidas e astros que perderam peso e falam sobre o regime. As mais bizarras estão num canto da página chamado “barra da vergonha”. É onde entra a briga de alguma estrelinha do pop com Rihanna. Ou as fotos de Jennifer Metcalfe, Steph Davis and Leah Hackett aprontando com pouca roupa em Saint Tropez.
George Clooney não é uma estrelinha qualquer. Quer esteja nos EUA ou na Europa (passa férias em sua casa do Lago Cuomo, perto de Milão), recebe do Mail uma cobertura que só se dedica à família real. Agora, após o noivado com a advogada libanesa Amal Alamuddin, 36, o volume de mídia se multiplicou. E acabou com a falsa notícia da proibição da sogra.
O Mailonline e outros jornais ingleses estão investido no público norte-americano. Os tabloides levaram uma lição com o fechamento do News of the World, o jornal escandaloso de Rupert Murdoch e a recente prisão de seu chefe de redação Andy Coulson. A Justiça inglesa ficou mais dura com crimes de difamação. Nos EUA, a legislação é tolerante e tudo indica que o investimento dos tabloides em suas redações americanas só vai aumentar.
A matéria completa está no New York Times.