Novela policial de Natal

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Senhores, aos fatos:

1) No dia 25 de dezembro roubaram o pavão do Passeio Público.
2) Na madrugada de 4 de janeiro foi a vez de um periquito Jandaia Coquinho.
3) No mesmo dia levaram também uma Calopsita.

Tá na Gazeta.

A segurança do Passeio Público é feita pela Polícia Militar, que tem no local um módulo com atuação 24 horas por dia. Ninguém viu nada, o que leva a uma dupla suspeita: a) Os guardas abandonaram o serviço para comemorar o Natal; ou, b) havia uma conspiração para eliminar o pavão.

Investiguem. Quero respostas em 48 horas.

Agora, o ítem seguinte. Há um fato elementar a deduzir do relatório: vi no Google que o pavão é uma ave dos géneros Pavo e Afropavo, da família dos faisões. Em bom português, pavão morto pode virar faisão. Um faisão recheado com cogumelos, azeitonas, bacon e castanhas, servido com um bom Brunelo, é iguaria sonhada por muita gente inescrupulosa. Gente acostumada a meter a mão, digo, a boca na coisa pública, principalmente na véspera de Ano Novo.

Não excluam nenhum dos suspeitos usuais. Quero saber onde estavam no dia do crime Daniel Dantas, Paulo Maluf, os mensaleiros do PT, PSDB e partidos da base aliada. Não livro nem a Roseana Sarney. Só vi lagosta, camarão e nenhum faisão na lista de compras da governadora. Olha nela!

Claro que não há nada resolvido. Muitas perguntas exigem resposta. Por exemplo: como se serve um periquito Jandaia Coqueiro? Como amaciar a carne de Calopsita?

Uma coisa deve ser dita aos senhores: depois do fracasso do Caso Tayná, da briga entre a Secretaria de Segurança e o Ministério Público e dessa criminalidade em alta por toda parte, está na hora desta delegacia provar competência e resolver depressa o Mistério do Pavão de Natal.

Em tempo: Está no jornal que Gugu Liberato coleciona calopsitas. Talvez valha a pena mandar um agente interrogá-lo. Urgente. Não aceito desculpa de que a diligência não foi levada a cabo porque não há gasolina para a viatura.

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