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Saudades de 2012. Curitiba tinha dinheiro para construir duas salas de projeção, espaço para cursos, área de convivência, um café, uma biblioteca e até um cineminha ao ar livre na cobertura do Cine Passeio.
Ficava na esquina da Riachuelo com Carlos Cavalcanti esse Cine Passeio de saudosa memória – se é que se pode ter saudade de uma coisa que nunca existiu. Ou melhor, que só existiu no projeto do IPPUC para reciclar o antigo quartel do Exército.(Clique abaixo para ver o projeto).
No caixa da Fundação Cultural de Curitiba estavam 80% dos 3,5 milhões de custo orçado. O dinheiro veio através da lei do potencial construtivo.
A antiga presidente da FCC, Roberta Storelli, chegou a esboçar o edital de licitação para a obra. A conclusão era prevista para o primeiro semestre de 2014. O Cine Passeio ficaria pronto para a Copa do Mundo.
Mas, como lembram sempre os professores de Direito, a sucessão é no patrimônio, ou seja, no ativo e no passivo. O herdeiro deve assumir as dívidas do hereditando.
No caso de Curitiba, o legado foi negativo. O dinheiro do Cine Passeio bancou a Fan Fest.A herança da Fan Fest (e da Copa do Mundo) foi um buraco do caixa da Fundação Cultural.