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Dois conselhos iniciais.
A primeira é do ministério da Educação, que adverte para o perigo de comparar rankings de educação.
O segundo é das organizações internacionais que cuidam da educação. Elas avisam que o Brasil continua na parte de baixo do ranking. No segundo bloco. As notas dos brasileiros estão muito abaixo das médias registradas pelo países da OCDE, que é a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
De fato, o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) coloca o Paraná em primeiro lugar no Brasil. Média acima de 6, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e outros Estados. Diferença de décimos.
Mas atenção: esse Ideb é a composição dos resultados das escolas estaduais e municipais. O investimento da primeira à quarta série é dos municípios.
O município de Curitiba, por exemplo, tem ótimo Ideb. A rede pública municipal é destaque nacional.
E atenção de novo: o Ideb é aplicado tanto em escolas públicas como particulares. A média em português e matemática das escolas particulares do Paraná é dois pontos mais alta que a das escolas estaduais. Puxa a media para cima.
Em resumo, a propaganda colada no ônibus é abobrinha. É impossível avaliar o investimento do Estado em educação básica pelo Ideb.
E não existe um ranking nacional de investimento em educação.