.
.
Carlos Ghosn é o executivo brasileiro de maior destaque no mundo.
O cara conseguiu unir Renault, Nissan e Mitsubishi em gigantesco conglomerado que disputa a liderança mundial da indústria automobilística com a Volkswagen. Mas aparentemente é um criminoso – e sua história, bem investigada, poderá responder uma das perguntas mais angustiantes de nosso tempo: como é possível enganar uma empresa desse porte (e o governo) durante tantos anos?
13.0pt; font-family: 'Georgia','serif'; color: #121212;">Ghosn ganhou, só da Nissan, cerca de 10 bilhões de yens (333 milhões de reais) nos últimos cinco anos. E sonegou quase metade. Tinha uma vida de rei. A Nissan, segundo o Guardian, pagou “valores imensos” por casas luxuosas que o executivo utilizava no Rio de Janeiro. Beirute. Paris e Amsterdam.
13.0pt; font-family: 'Georgia','serif'; color: #121212;">A evasão fiscal é o crime mais popular no mundo, cerca de oito vezes maior do que a corrupção. O principal estímulo para ela é a taxação elevada. No Japão, onde o imposto é progressivo, quem recebe mais de 40 milhões de yens por ano paga 45% de IR federal. Há também IR municipal de 6%.
13.0pt; font-family: 'Georgia','serif'; color: #121212;">Por que as sofisticadas ferramentas de governança corporativa fracassaram em detectar a evasão fiscal? O que faziam os fiscais do governo, que não descobriram nada? Ghosn caiu por causa de um informante (whistleblower) que comunicou as irregularidades.
13.0pt; font-family: 'Georgia','serif'; color: #121212;">Incompetência e leniência estão entre as causas prováveis da corrupção endêmica que afeta as grandes corporações, da Nissan à Petrobrás, mas que também atinge o mercado da esquina, onde o gerente desonesto pode fazer sociedade com o contador e quebrar a firma.
13.0pt; font-family: 'Georgia','serif'; color: #121212;">Por fim, a pergunta que não quer calar: por que sabemos tão pouco sobre a evasão fiscal no Brasil?
13.0pt; font-family: 'Georgia','serif'; color: #121212;">