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Charge do The Companion, revista mensal indiana. Lá também há preocupação com o modelo de austeridade receitado para os países do BRICS pelo FMI.
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O Brasil todo dia fica mais parecido com a Grécia. Não é por acaso. Ambos cumprem a agenda fiscal do Fundo Monetário Internacional para países em desenvolvimento.
Após a Câmara rejeitar a denuncia contra Temer, o assunto podia ser a recuperação econômica, a volta dos empregos, a reabilitação dos hospitais públicos.
Não é.
“Partidos da base pressionam Temer por cargos de infiéis em votação” diz a manchete da página política da Folha de S. Paulo. Vem aí a segunda denúncia de corrupção do MPF.
Ninguém discute recuperação econômica. É bobagem. A questão é ocupar secretarias e diretorias da administração pública – aquelas que hospedam os ordenadores de despesa.
Nova denúncia do Ministério Público Federa impõe nova negociação. O Centrão ficou mais caro e volúvel depois do baixo desempenho (só 264 votos a favor) do governo.
O ministro do Planejamento Dyogo Oliveira declara que o resultado na Câmara fortalece o governo para tocar a reforma da Previdência. Quem acredita em Dyogo Oliveira?
A maioria dos brasileiros, consultada pelo Ibope, VoxPopuli e Datafolha é contra Temer e rejeita as reformas. Empresários gostaram da trabalhista e agora chamam contadores para criar empresas paralelas onde depositarão a mão-de-obra terceirizada.
Paises como a Grécia, obrigada a engolir a pílula de austeridade, não sabem o que fazer com milhões de desempregados, subempregados, pensionistas com meia pensão e deterioração dos serviços públicos.
“Em nome de duras metas fiscais, gente que poderia sobreviver está morrendo”, disse ao Guardian Michalis Giannakos, o presidente da Federação Pan Helênica dos Empregados em Hospitais Públicos.
Alguma semelhança com as queixas de funcionários de postos de saúde do Brasil?
É o que dá trocar uma presidente honesta (e bastante incompetente) por um vice-presidente também bastante incompetente e acusado de crime.
O Efeito Orloff. Eu sou você amanhã.