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Perdeu um pouco da auto-confiança? Assista a Billions, a série que abala o Netflix. O crítico Sam Wollanston do Guardian fez isso e encantou-se com os homens alfa+ interpretados por Paul Giamatti (promotor público de Nova York Chuck Rhoades) e Damian Lewis (mega operador de Wall Street Bobby “Axe” Axelrod). Eles tentam destruir-se enquanto lutam pelo poder e por Maggie Siff (psicoanalista e dominatrix de beleza cruel).
A série agrada o público brasileiro porque é pedagógica. Um passo a passo para a arte de corromper. Manual para controlar figurões do executivo, legislativo e judiciário. A propina paga ao funcionário venal para ganhar um contrato pode parar em hedge funds como o de Axelrod. Não há Lei do Colarinho Branco que possa com um malfeitor do mercado financeiro. (veja o que escreve Gabriel Tate, do Telegraph).
Emily Nussbaum, da revista Newyorker adora série. “É um melodrama sujo e grandioso sobre um anti-herói endinheirado de Manhattan, o biblionário Axelrod, com o padrão de baixaria da Showtime (Esposa dominatrix, sexo lésbico filmado com câmera oculta, fantasias sobre vinganças anais.) “Não consigo parar de assistir”, escreve a resenhista, que elogia o ritmo inteligente da trama e as “fantasias desconcertantes que ela provoca”.
O filme não cita, mas vale lembrar Jasper Fforde, romancista do Pais de Gales. Ele é filho de John Standish Fforde, ex-presidente do Banco da Inglaterra, cuja assinatura aparece nas notas de libra. Com o talento pessoal e a bagagem da família Fforde escreveu: “Se não fosse pela cobiça, intolerância, ódio, paixão e homicídio, não haveria obras de arte, edifícios monumentais, descobertas da Medicina, Mozart, Van Gough, Muppets ou Louis Armstrong.”
Poderia ser o roteirista de Billions.