Temer e os trabalhadores do Brasil

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Tremi ao ler o aviso do vice-presidente no exercício da presidência. Ele ordena, no imperativo: “Não pense em crise. Trabalhe. Michel Temer”.

 

Toda vez que mandam o povo trabalhar, um esperto inventa truque para ganhar mais com o trabalho do povo.

 

Agora, por exemplo, está circulando o estudo elaborado por Roberto Brand, ex-ministro da Previdência de FHC, com as propostas de reforma previdenciária e trabalhista.

 

Brand recomenda que os projetos da reforma trabalhista e da previdência sejam enviados ao Congresso nas primeiras semanas de governo, depois os deputados ficam mais exigentes nas relações com o Planalto.

 

A principal maldade é criar a idade minima de 65 anos para aposentadoria de ambos os sexos. (Provavelmente haverá uma lei de transição). Hoje, a regra é de 85-95 para mulheres e homens. O novo cálculo teria sido feito feito considerando o aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Mas ignorou que a expectativa de vida entre as classes ricas é muito mais alta do que entre os mais pobres.

 

O governo interino quer também mudar o cálculo do reajusta do salário mínimo. Hoje há ganho real: é o crescimento da economia mais a inflação. O projeto quer que o ganho real seja apenas para quem está ativo. Os aposentados ficam só com a inflação, corrigida sabe-se lá como.

 

A mesma maldade será, segundo o projeto, aplicada aos benefícios.

 

Por último, a flexibilização das relações do trabalho, permitindo às empresas fechar acordos em separado com o sindicato da categoria. Significa que sindicatos fortes, como o dos bancários, têm mais chances de defender os salários e vantagens de seus associados do que sindicatos fracos, como os trabalhadores da construção civil.

 

Para se garantir contra as mesmas maldades, trabalhadores gregos estão mobilizados brigando nas ruas.  Na França, em 2006, um terço do país parou contra a malandragem chamada “contrato do primeiro emprego” (contrat de première embauche).

 

 

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