Lá, Podemos, aqui Repetimos

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Juan Carlos Monedero, Pablo Iglesias e Teresa Rodríguez, líderes do Podemos.


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O slogan de Barack Obama, Yes We Can, virou partido político na Espanha. O partido Podemos foi a surpresa das eleições para o Parlamento Europeu. É liderado por um professor de 36 anos chamado Pablo Iglesias – e o exemplo dele é importante para o Brasil, que se debate entre as velhas alternativas.

Agora mesmo há gente dizendo que a melhor alternativa para derrotar Beto Richa é a candidatura de Roberto Requião, que levaria a eleição para um segundo turno onde José Richa, pai, não chegou em 1990.

Eis o paradoxo: Requião é renovação na política paranaense.

Ninguém acredita que uma idéia nova seja capaz de interessar ao eleitor. O Paraná é conservador. Há 60 anos votava em Plínio Salgado, o velho líder integralista. Elegeu e reelegeu Jaime Lerner. Milhares de pessoas começaram a citar Adam Smith e sua mão invisível, sem saber direito do que estavam falando (muitas ainda não sabem). Privatizou-se o Banestado e as rodovias. A BR-277 passou a cobrar o pedágio mais caro do Brasil (16 reais por 80 quilômetros rodados).

Aqui, o PT (que muitos acham um partido de esquerda) jamais ganhou uma eleição majoritária. Lá, Podemos, aqui, que tal criar o Partido Repetimos?

É preciso prestar atenção ao Partido Podemos. Pablo Iglesias, crítico de cinema e professor de ciência política lidera um grupo de jovens sem grande experiência política mas com boa formação intelectual. Com apenas quatro meses de vida conseguiu 1,2 milhão de votos e colocou cinco deputados no Parlamento Europeu. Em algumas cidades importantes, como Madri e Astúrias, tornou-se a terceira força eleitoral. Quer ser uma alternativa real aos conservadores, que chamam La Casta.

Para evitar a embriaguez do sucesso, Pablo Iglésias, o cabeça da lista eleitoral, fez um chamamento à calma. Os resultados foram “razoavelmente bons”, assinalou, “porque os partidos da casta governante sofreram um duro golpe”. Foi adiante: “Os partidos de La Casta acabam de receber a maior lição de sua história. Mas eles continuarão governando e ordenando despejos dos trabalhadores desempregados”.

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