Um novo jazz explode em Londres

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Courtney Pine

 

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A última grande mudança no jazz nasceu com a bossa nova, anos 1960. O Brasil no Carnegie Hall, nos estúdios de Nova York e da Califórnia, Stan Getz e Antonio Carlos Jobim. Toots Thieleman e Ivan Lins. Sergio Mendes, Tamba Trio.

Cinquenta anos depois, de 2010 para frente, temos a revolução africana e caribenha. Há um novo jazz por ai, fiel ao soul e a New Orleans, mas com um pé no Kenia, outro na Colombia. 

Tá no Guardian, onde todo dia se aprende uma nova expressão idiomática.

Agora incorporei every so often, de tempos em tempos, ocasionalmente.

Descubro, graças à Kate Hutchinson, do Guardian, que every so often, de vez em quando, a música pop eleva a cabeça acima do parapeito, ganha uma indicação ao prêmio Mercury, e consegue lembrar que está viva, fazendo seu som longe da tendência dominante.

Para a maior parte da humanidade, conta Kate Hutchinson, jazz era aquela música que uns conhecidos ouviam em casa e nos porões de Nova York e Londres. Mas em 2015 o rapper Kendrick Lamar lançou o álbum To Pimp a Butterfly, onde mistura jazz com hip-hop.

Foi inspirador. Logo ele e o baixista Thundercat, também californiano, fizeram These Walls, que ganhou um Grammy. E também para outro californiano, o sax tenor Kamasi Washington, que também nasceu na década de 1980 e, como professor do departamento etnomusicologia da Universidade da Califórnia, manteve colaboração com Herbie Hankock, Wayne Shorter e outros jazzistas.

Eles soam cool. Igual ao sax tenor de Pharoah Sanders, cuja agenda apertadíssima deste verão europeu inclui festivais em Copenhagen, Londres, Cracóvia e Rotterdam, além de temporada no Ronnie Scott’s, a catedral do jazz da capital inglesa.

Na Inglaterra, conta Hutchinson, um novo e emocionante jazz se desenvolveu a partir da livre experimentação que mistura soul, jazz, hip-hop, rap – com influência da diáspora africana e caribenha – e balança grandes públicos em clubes, salas de concerto e shows ao ar livre durante o verão.

O jazz está em toda parte. Ou parece estar. A lista inclui a Church of Sound no leste de Londres. E o Total Refreshment Centre, em Dalston.

Para quem vai a Londres neste verão é bom lembrar que grande parte da agitada cena jazzista desenvolve-se ao sul do Tamisa. Pergunte ao Google onde anda o DJ Giles Peterson. Indague sobre o afrofuturismo. Descubra onde estará o multi-instrumentista Steve Williamson, ele e Courtney Pine tocaram no Estádio de Wembley na homenagem ao 70º aniversário de Nelson Mandela.

Se estiverem no London Southbank Centre vai ser uma festa.

 

 

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