NÃO HÁ NADA TÃO DOLOROSO COMO UMA GRANDE VITÓRIA, CORITIBA – EXCETO UMA GRANDE DERROTA

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O Glorioso

 

 

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Olho para minha camisa verde e branca, com a data 1985 na manga. Como garantir que, daqui a um ano, vou usá-la em jogos do Brasileirão?

Nebuloso é o futuro do Coritiba.

Caiu sem glória, sem sangue, sem um grito de dor, boxeador manso que desaba grogue de tanto apanhar.

Perdeu o rumo traçado pelos fundadores alemães, poloneses, italianos, dinamarqueses, o cearense Couto Pereira, o “argentino” Fritz Essenfelder. Eles queriam jogar futebol.

O atual capítulo de tragédia coxa branca começou a ser escrita em 2011, ano da inesquecível série de 22 vitórias, quando a fogueira de vaidades sabotou a conquista da Copa Brasil. E a irresponsabilidade fiscal ampliou as dívidas, principalmente a trabalhista.

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Pobre do clube que precisa de heróis.

Numa hora dessas, entretanto, é impossível não lembrar de Arion Cornelsen, de Evangelino Neves, dos Mauad – gente que consolidou o patrimônio do clube e construiu uma história de conquistas esportivas.

Depois, sumiram os líderes capazes de inspirar uma visão do futuro, carregar a massa de volta ao estádio para transformar a visão em realidade. Vivemos um tempo sem luz.

É a era dos eiros – politiqueiros, marqueteiros e milagreiros. Da tenebrosa campanha para derrubar o estádio Couto Pereira. Do business as usual.

Clube tem que produzir craques, ganhar campeonatos, alegrar a torcida e a cidade.

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Está na hora de tirar os homens de bem do meio da torcida e fazê-los conselheiros e diretores. Livrar-se dos oportunistas, dos ingênuos e dos despreparados. A instituição é muito grande para ficar na mão deles.

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Não custa repetir: a diretoria está lá para resolver problemas administrativos e financeiros, que são muitos – nunca para contratar ou escalar jogador, jamais para derrubar o técnico.

O Coritiba chegou à segunda divisão depois de contratar três técnicos, 56 jogadores, um mundo de assessores. Um dos técnicos, Paulo Cesar Carpegiani, foi dispensado um mês depois de ter o contrato renovado. Foi para o Bahia que estava entre os quatro últimos e conquistou uma vaga na Sulamericana.

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Agora, não basta a primeira divisão. O Coxa tem que voltar glorioso, nos braços do povo, orgulhoso de sua história.

Para chamar a torcida para dentro do clube, uma simples proposta: criar o voto direto para presidente.

Uma reforma no estatuto estabelecerá: todos os sócios com mais de 16 anos poderão votar para presidente. A maioria elegerá democraticamente o líder da nova era coritibana.

Sem aventuras – cada chapa será endossada por cinquenta conselheiros.

Haverá um presidente forte, eleito por milhares de sócios, uma proposta de gestão e uma diretoria comprometida com o futebol, com a formação de atletas, com a ética e com a vitória.

 

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