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Tá no New York Times:
A Volvo tornou-se ontem a primeira fábrica de automóveis a decretar a morte do motor a explosão. Todos os modelos que vai lançar a partir de 2019 serão ou híbridos ou elétricos.
O jornal ficou entusiasmado com a decisão. “É o compromisso mais corajoso de uma grande produtora de automóveis com tecnologias limpas, que hoje representam uma pequena parcela do mercado de veículos, mas são vistas como essenciais para combater as mudanças climáticas e a poluição urbana.”
O movimento da Volvo em direção às fontes alternativas de energia pode ser o marco definitivo. A era dos derivados do petróleo caminha lentamente para o fim. As ações da Tesla, que fabrica um número limitado de carros elétricos, acabam de ultrapassar as da Ford e da GM em valor de mercado. Um sinal de que os investidores acreditam no vento das mudanças.
ATENÇÃO: A VOLVO CAR É CHINESA
Embora instalada na Suecia, a Volvo pertence à Geely Automobile Holdings da China, que produz carros elétricos para o mercado chinês. A decisão, acham analistas, reflete a constalação de que as vendas de elétricos começam a decolar. A China já é o maior mercado do mundo para automóveis, motos e vans à bateria.
O grupo de Volvo/Geely planeja construir uma fábrica de elétricos nos EUA, na Carolina do Sul, e outra na Europa. Tira proveito da crescente pressão contra os derivados de petróleo, principalmente depois que a Volkswagen. A empresa alemã foi apanhada em flagrante adulterarando resultados de testes de emissões poluentes dos motores diesel. Foi condenada a pagar uma indenização-monstro ao governo norte-americano e aos clientes enganados.
O escândalo aumentou o interesse pelas denúncias contra os motores Diesel. Eles queimam combustível com mais eficiência mas produzem maior quantidade de óxidos de nitrogênio, que causam asma e câncer de pulmão. O custo do equipamento capaz de neutralizar as poluições é proibitivo.
Em resumo, os analistas acham que o mundo desenvolvido vai adotar o carro elétrico porque está ficando cada vez mais barato e porque o carro a diesel, para deixar de ameaçar a saúde e o meio ambiente, ficará cada vez mais caro.
MUNDO DESENVOLVIDO? TÔ FORA
Sob o ponto de vista ambiental está ficando difícil incluir Curitiba na lista dos desenvolvidos. A cidade está sem proteção contra a poluição urbana. É uma cidade sem trilhos. A frota de veículos automotores na RMC superou a casa do milhão. Com a crise, aumentaram os motores desregulados.
A frota de ônibus envelheceu. Mais de 300 rodam pelas ruas há mais de dez anos, quase cem chegaram aos quinze anos. Por isso vivem quebrando. Por isso emitem mais poluentes do ar.
A obrigação constitucional do município é zelar pelo meio ambiente e combater as emissões de gases patogênicos. Antigamente isso era feito pela inspeção obrigatória dos veículos, com a retirada de circulação daqueles que emitiam fumaça preta e excesso de NO2.
As decisões do Plano de Controle de Poluição Veicular do GDF não chegaram à cidade. Ou se chegaram ninguém notou.
A inspeção anual de motores deixou de ser obrigatória. O Detran não se interessa por ela e a Prefeitura reclama de falta de dinheiro.
Vereadores continuam intensamente preocupados em batizar e rebatizar logradouros públicos e bajular eleitores com títulos honorários. Discute-se também a regulamentação dos recursos contra as multas de trânsito.
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