Cidade sem trilhos

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Na Boca Maldita deserta, só uma banca do Partido Verde, pedindo eleitores para Gustavo Fruet.

 

 

 

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Eleição sem dinheiro resulta nesse milagre: Curitiba está misteriosamente limpa em pleno mês de setembro.

Há dois anos, lembra?, a rua estava cheia de carros de som e a calçada de santinhos e jornais de campanha.

Em toda esquina moças ofereciam adesivos para seu carro.

Os bêbados e craqueiros da Boca Maldita já tinham seu candidato e xingavam os outros de corruptos.

Quem acredita, como Paul Valéry, que política é a arte de evitar que o povo se ocupe com os assuntos que realmente lhe interessam, pode imaginar que agora, sem campanha, vai acontecer o contrário.

O povo vai perguntar aos candidatos porque ninguém fala no absurdo que é morar numa cidade engarrafada e sem trilhos.

Nem o trilho do metrô, que deveria correr na trincheira cavada na canaleta do expresso.

Nem o trilho do “bonde moderno” que Cassio Taniguchi mostrava nos vídeos – 300 passageiros por viagem.

Nem um modesto trilho de bonde elétrico, limpo e silencioso, como os que correm em qualquer cidade razoavelmente civilizada.

 

 

 

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