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Gebran Sabbag foi enterrado nesta sexta-feira, no Jardim da Saudade. sob o ceu mais curitibano que pode existir – com núvens cinzas e alguns pingos de chuva.
Centenas de pessoas passaram por lá. Os que não eram da família, pertenciam à grande família do jazz que se desenvolveu após a segunda guerra mundial, em 1945.
Muitos aprenderam com ele o que é uma blue note, momento mágico em que duas teclas – a terça e a sétima bemolizadas – são acionadas ao mesmo tempo. E como é importante a mão esquerda de grandes pianistas como Errol Gardner.
Alguns lembraram como tudo começou. Grandes pavilhões foram construidos no Tarumã pelo governo de Bento Munhoz da Rocha, que festejava o centenário da emancipação política com a Exposição Internacional do Café. Na área nobre. surgiu o famoso grill room, onde cabiam mil pessoas e tocava a orquestra do maestro Angelo Antonello. O maestro pediu a Waltel Branco que organizasse um quinteto para revezar. Era formado por Gebran (piano), Guarani (bateria, Dorival (contrabaixo), Morgan (sax) e Waltel (guitarra).
Foi o pontapé inicial dos anos dourados da música curitibana.