A gripe divide os brasileiros. Quem tem dinheiro, toma a vacina tetra. A maioria fica com a humilde tríplice

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Duas cepas tipo A, duas cepas tipo B. Você é um privilegiado brasileiro tetra.


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Feita na Alemanha.


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Pois é, você saiu feliz da enfermaria depois de receber sua dose de vacina contra a gripe. Então, leu os avisos da Organização Mundial de Saúde. Você perdeu 40% a 60% da felicidade, que é o grau de eficiência da vacina.

Apesar de vacinado, sua chance de pegar uma gripe ainda é alta.

Tudo bem, ninguém queria mesmo uma vacina 100% eficiente com todos esses vírus mutantes vagando por ai. Mas pelo menos o risco devia ser igual para todos. E não é.

A vacina que você tomou, a Fluarix Tetra, protege contra quatro cepas de vírus. Pena que só exista em clínicas particulares, a um custo que varia entre 60 e 100 reais por ela.

No posto de saúde, de graça, os brasileiros recebem a vacina tríplice.

Um pequeno consolo é saber que nos paises ricos tambem há injustiça. Os Estados Unidos estão vacinando este ano 150 milhões de pessoas – 77 milhões com a vacina tetra, ao “outros” com a tríplice. Meio a meio.

A chance dos “outros” contraírem gripe é teoricamente o dobro da sua. Mas isso não quer dizer nada – os “outros” andam por ai, dividem com você os elevadores e ônibus, as salas de cinema, as praças de alimentação.

É impossível separar os brasileiros padrão tetra, que são minoria, da massa de cidadãos tríplices. É evidente que, para diminuir o risco geral, todos precisam ser tetra.

Esses vírus H1N1 e H3N2 são justiceiros. Espalham-se pelo ar em toda parte, talvez para avisar que a grande solução para os problemas do Brasil é uma vacina contra a desigualdade.

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