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Se a biografia de Henry Fonda estiver mesmo bem feita, registrará os três dias que ele passou em Curitiba, hospedado no Grande Hotel Moderno. Foi em 1939, devido a uma pane no avião que vinha de Buenos Aires para o Rio e teve que descer no Bacacheri. Contará como ele, grande cowboy, era reconhecido pela piazada toda vez que saia para dar uma volta. “Camói! Camói!” Ele não se rendia a nada, a não ser ao filé fantástico e ao scotch honesto do restaurante.
Era um grande hotel mesmo, cheio de histórias.Fundado pelo italiano italiano Gino Zanchetta e consolidado pelo Francisco Johnscher, presidente da Associação Paranaense de Hotelaria.
O designer Jorge Menezes está pesquisando as histórias do tempo maravilhoso em que todo mundo parecia ter jantado ou almoçado no Grande Hotel. Ele morou lá naquele point da cidade, que além de tudo oferecia música ao vivo. Um quarteto de cordas para os clássicos; um trio para o jazz. Hilton Alice (piano), Norton Morozowicz (flauta e baixo de pau) e João Chiminazzo (bateria) tocavam à noite para um público que incluia Adherbal e Ronald Stresser, Adolpho e Manoel de Oliveira Franco, Carlos Coelho.
Parece que foi ali que o trio – que mais tarde ia virar SamJazz Quintet, estimulado por Aramis Millarch e Jofre Cabral – começou. Ganhava bem? Chiminazzo diz que, no início, o jantar era o cachê.
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