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O novo plano diretor de Curitiba está cheio de idéias, entre elas o pedágio urbano, que deu certo em Cingapura e Londres, e o rodizio, que funciona mal em São Paulo. Faltou mais ênfase na ideia de que a cidade é do homem, não da máquina.
Não só a cidade. A estrada devia ser do homem mas é do carro. Apesar do oba-oba porque diminuiram as mortes no feriadão, ainda há milhares de idiotas ultrapassando pela direita, correndo pelo acostamento e crescendo em cima dos outros motoristas com luz alta em suas pickups.
Voltando às cidades, é bom afirmar que o Brasil está errado, mas não está sozinho. Muitos paises emergentes, periféricos, subdesenvolvidos, cairam no conto do vigário das montadoras. Em troca de terrenos de graça, com infraestrutura paga pelo contribuinte, mais isenções fiscais de IPTU, IPI e outros, prometeram bons empregos.
Na primeira ameaça de crise apresentaram seus planos de estímulo às demissões voluntárias. Foi só o primeiro tempo. O segundo será a demissão involuntária mesmo.
É o momento em que descobrimos a verdade: o carro não é amigo de ninguém, só dos donos na fábrica. E olhamos de novo para a bicicleta, melhor sistema de transporte individual inteligente do mundo. Faz bem para a saúde, para o bolso e para o trânsito.