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Está na Folha S. Paulo:
Em uma decisão inédita, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta quarta-feira (14) a liberação do uso medicinal do canabidiol, um dos 80 princípios ativos da maconha.
Com isso, o canabidiol sai de uma lista de substâncias proibidas no país e passa para uma lista de substâncias controladas.
Ainda na Folha de S.Paulo, coluna de Frederico Vasconcelos: Juízes apoiam liberação de substância derivada da maconha – 14/01/2015
Maior entidade de magistrados do país considera um avanço a liberação do canabidiol para uso medicinal. A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) considerou positiva etcetera.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou uma resolução regulamentando a prescrição médica do canabidiol, substância derivada da maconha que tem sido usada para tratamento médico. No mesmo dia, o Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal apresentou uma ação civil pública pedindo a liberação do uso medicinal e científico da Cannabis.
Pouca gente duvida que a maconha entrou na vida do brasileiro para ficar.
A questão ética. Falta discutir agora se a cannabis é do bem ou é do mal. Para os banqueiros dos Estados Unidos, a erva ainda está do lado errado. Os dois maiores bancos do país, JPMorgan Chase e Bank of América, recusam-se a abrir contas para empresas ligadas à maconha. Mesmo bancos menores ou locais decidiram não fazer negócio com elas.
A estratégia dos produtores é procurar mercados em outros países, usando a linha de produtos medicinais. Os jornais estão cheios de notícias sobre carros difíceis de epilepsia que não tratados com cannabidiol, ou CDB, um dos 60 canabidioides encontrados na planta.
Como medicamento, alega PlanetWorld, uma empresa do Minessota, o CBD tem outras utilidades. Pode ajudar como anti-inflamatório, analgesico, ansiolítico, antipsicótico e antiesparmódico, sem o efeito coleteral daquela letargia pós-fumo que o maconheiro comum conhece bem.
Mil e uma utilidades. O relatório da empresa revela que há pesquisas promissoras sobre os bons efeitos da CBD no tratamento da artrite reumatóde, diabetes, alcoolismo, dores crônicas, esquizofrenia, infecções resistentes a antibióticos e desordens neurológicas. Suas propriedades anticâncer também estão sendo investigadas.
Além da PlanetWorld Corporation, outras empresas, como a CannaVest, Inc. e a Medical Marijuana, Inc., mantém laboratórios para pesquisas médicas.
Todas se declaram cautelosas como o THC, tetrahidrocanabiol, outro princípio ativo da maconhe, condenado porque dá barato.
As empresas vêem, ao lado da pesquisa médica, um campo promissor no desenvolvimento de softwares para plantadores de maconha. São projetos de equipamentos para medir permanentemente a luz, umidade e ventilação das plantações em estufas, que garantem controle da qualidade e ganhos de produtividade.
Os paraguaios que se cuidem.
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