.
O direito à blasfêmia.
.
.
A caricatura do profeta Maomé vai aparecer de novo na capa da revista Charlie Hebdo na edição que sai quarta-feira. Estará segurando um cartaz onde se lê “Eu Sou Charlie” com a legenda “Tudo perdoado”.
A ideia que presidiu a escolha da capa da edição, que terá três milhões de exemplares para atender a pedidos de todo o mundo, é reafirmar o “direito à blasfêmia”.
Recentemente, a justiça francesa inocentou nove ativistas do movimento feminista Femen, acusadas de danificar um dos sinos da catedral Notre Dame de Paris durante um protesto, provocou críticas por parte de políticos e religiosos franceses.
As ativistas, famosas por protestarem com os seios nus, haviam decidido “celebrar” a renúncia do papa Bento 16.
Elas entraram na Notre Dame misturadas aos turistas, arrancaram os casacos e, aos gritos de “papa nunca mais”, começaram a tocar com bastões de madeira três sinos que estavam sendo exibidos provisoriamente por ocasião das festividades dos 850 anos da célebre catedral.
No Brasil, membro da Igreja Universal invadiu igreja e destruiu imagens porque “assim manda a Biblia”. Não foi condenado.
Estão todos perdoados.