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A notícia está nos jornais.
Duas hipóteses.
1. É apenas um passo na reaproximação entre Beto e Gustavo.
2. É uma tentativa sincera de resolver um problema que não é só de Curitiba. No metrô há dinheiro do governo federal e haverá outros dinheiros, provavelmente de financiamentos externos. Em compensação, o metrô vai amenizar uma parte dos dramas da RMC.
A gestão compartilhada – é disso que estamos falando? Se for, aleluia! – é o modelo que funciona em todo o mundo. Não dá para resolver o transporte público de Curitiba sem considerar as realidades da região metropolitana.
E não dá para gerir a RMC a partir da URBS, que é municipal, nem da Comec, que no momento não é nada. Funcionários antigos se aposentam e não são repostos. Falta dinheiro. Às vezes falta até sabonete no banheiro.
É necessário pensar nisso – como criar um ente jurídico novo, com autoridade maior do que cada uma das prefeituras e missão de resolver os problemas de transporte da Região Metropolitana de Curitiba? Por ato do governo federal, como no tempo da ditadura? Ou por decisão dos governos interessados?
Não sei, mas o importante começar o trabalho. Ouvir o mais cedo possível prefeitos de Colombo, Araucária, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Pinhais. Não adianta chamar o prefeito da Lapa, ele não tem como contribuir para as decisões daqui. Nem o de Imbituva ou Bocaiuva do Sul. Talvez mais tarde, quando o expresso seguir para lá.
Vale a pena dar uma olhada no que está acontecendo pelo mundo. Se não der para copiar, serve para inspirar. Na Inglaterra surgiu, em 2011, a The Greater Manchester Combined Authority GMCA). Ela reune dez autoridades em um ente jurídico que tem poderes para coordenar o desenvolvimento econômico, resolver questões de transporte e do meio ambiente.
A GMCA herda a experiência de 25 anos de colaboração voluntário através da Association of Greater Manchester Authorities (AGMA). Outras informações estão em www.agma.gov.uk