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A Marcha para Jesus esta ano ganhou um tema polêmico: “Ame o Brasil”.
Serão muitos os brasileiros que não amam meu Brasil lindo e trigueiro? O Brasil do meu amor, terra de Nosso Senhor? Devem ser, caso contrário não seria necessário montar uma campanha nacional para que eles mudem de opinião.
E os que por não amam o Brasil sofrerão sanções? Serão proibidos de frequentar os templos? Perderão o direito às bençãos?
Deve-se indagar também se esse “Ame o Brasil” surgiu quando os pastores foram convidar o pessoal do Governo Federal para o evento. Alguém lamentou as manifestações contra a Copa do Mundo e talvez tenha comentado que isso não é coisa de bom brasileiro. É coisa de quem não ama o Brasil.
Pronto. Sutil como uma locomotiva da ALL, um publicitário de Cristo bolou o “Ame o Brasil”. Desse jeito imperativo, fascistoide.
Uma ajuda à memória de quem estiver lendo este post: a última vez que usaram o verbo amar no imperativo foi na ditadura. “Brasil, Ame-o ou Deixe-o”.
Contra esse jeito de pensar, José Richa, pai, foi para os palanques do MDB na década de 70 desafiar a . Iniciou uma escalada política que começou em 74 com a eleição para prefeito de Londrina, chegou ao governo do Estado e ao Senado Federal.
Ele ia perceber na hora que não é possível para um democrata vestir essa camisa.
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