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Foram duas noites de gala para a música de câmara.
Egidius Streiff, violino, e Luiz Guilherme Pozzi, piano, executaram o belo Concerto para Piano, Violino e Quarteto de Cordas em Ré Menos, de Ernest Chausson, e o Concerto nº3, para Violino, Piano e Quarteto de Cordas (estreia mundial) de Harry Crowl. O quarteto foi formado por Rafael Stefanichen Ferronato, violino I, Atli Ellendersen, violino II, Leila Taschek, viola, e Faisal Husein, violoncelo.
Uma palavrinha sobre o violinista. Egidius Streiff é um artista de importância internacional pelo talento e pelo sucesso que vem obtendo na promoção de intercâmbio cultural com o Oriente. Fez uma ponte entre a Coreia do Norte e a Suiça e trabalha na Fundação Chuluun Ulaanbaatar, na República da Mongólia.
Streiff usa em seus concertos dois violinos notáveis. Um foi feito por Pietro Guarneri em Mantova no distante ano de 1702. O outro foi produzido em 2010 por Peter Westermann em Zurique. O arco de preferência de Streiff foi feito por Etienne Pajeot por volta de 1810.
Se não fosse a técnica fantástica e a interpretação inspirada (principalmente no concerto de Ernest Chausson – a obra de Harry Crowl exigiu um exercício de virtuosismo), valeria a pena ir à Capela Santa Maria pela sonoridade do instrumento de Streiff.