O que é esse armistício entre Paulo Bernardo e Requião? Segundo Joaquim Barbosa, é STF virando palco de briga política

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“Isso é manipulação da jurisdição do STF!”


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A ação penal 584 (Paulo Bernardo contra Roberto Requião) terminou em pizza no STF – e a candidatura de Requião ao governo do Paraná ficou um pouco menor.

Também é possível ver a questão de outra forma. Se a AP 584 não fosse para o forno, o senador Roberto Requião poderia ser condenado a até dois anos de prisão por crime de calúnia.

Os argumentos cabeludos das partes publicados no Diario da Justiça e os discursos dos advogados relatando os malfeitos seriam matéria para os programas do horário eleitoral.

Pouca gente lembra da briga, porque a política paranaense é muito dinâmica. Mas a Gazeta do Povo recorda o que aconteceu: Em 2010, quando era governador do Paraná, Requião acusou o então ministro do Planejamento de ter proposto o superfaturamento de uma obra ferroviária com o objetivo de beneficiar a si mesmo e a empresa América Latina Logística (ALL). As acusações foram ditas por Requião à imprensa, na Escola de Governo e em sua conta no Twitter.
Segundo o ex-governador, Paulo Bernardo teria pedido a ele apoio para a liberação de recursos para a construção do ramal ferroviário Guarapuava-Ipiranga. Requião afirmou que o processo seria superfaturado em R$ 350 milhões.

Como foi feita a pizza?

Os advogados de Paulo Bernardo, Juliano Breda e Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, alegaram impossibilidade de ir à Brasília fazer a sustentação oral na semana passada e pediram adiamento. O relator da ação, ministro Dias Toffoli, lembrou que, se o julgamento fosse adiado, ocorreria a prescrição da pena. Resolveu ouvir o advogado de Requião, Rene Dotti, que estava presente. Ele concordou.

O ministro Joaquim Barbosa, indignou-se. Como presidente do STF, ele havia determinado uma varredura nas ações penais justamente para evitar que alguma deixasse de ser julgada dentro do prazo legal.

“Não admito esse tipo de barganha com a jurisdição estatal. Não posso, de forma alguma, coonestar atitudes que conduzam ao que acabamos de verificar. O próprio tribunal, deliberadamente, toma uma decisão que conduzirá à prescrição. Isso é inadmissível.”

Os analistas da política estão vendo o acordo entre Requião e Bernardo como um sinal de que o PT pode contar com um aliado no PMDB para outubro. O raciocínio faz ainda mais sentido se lembramos que Requião foi derrotado pelo grupo de Stephanes Júnior, ligado a Beto Richa, na eleição pelo Diretorio Municípal do partido. Para sair candidato terá que contar com a ajuda do vice-presidente Michel Temer.

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