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O ano é de bravatas e deboches; e principalmente de anúncios e promessas.
O ministro dos Transportes, Cesar Borges, por exemplo disse hoje que o processo para licitar nova estrada de ferro ligando Mato Grosso do Sul a Paranaguá começa este ano (não revelou o mês). Do outro lado da mesa, no Ministério, estava o deputado Eduardo Sciarra, do PSD, que acreditou e divulgou a notícia.
É requentada.
Aqui não se faz nada sobre trilhos desde a conclusão da Cascavel-Guarapuava, que começou durante o primeiro governo Requião.
Antes, o governador Beto Richa recebeu a promessa federal de construir o trecho Guarapuava-Paranaguá, que não é uma tarefa sobre-humana, o país está gastando quase 12 bilhões de reais na construção de estádios de futebol.
O ministro disse a Sciarra que o governo lançará a Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) ainda em 2014. O intuito da PMI é obter estudos de viabilidade do projeto das empresas interessadas em disputar o futuro contrato de concessão.
Entre Maracaju e Paranaguá são 989 quilômetros de trilhos, com um custo estimado hoje em mais de R$ 7 bilhões. O trecho realmente novo é entre Maracaju (MS) e Cascavel. Dali até Guarapuava já existe a Ferroeste. De lá, serão lançados novos trilhos até a Lapa (Terminal Engenheiro Bley), contornando depois a Região Metropolitana de Curitiba e a Serra do Mar para chegar a Paranaguá.
De acordo com estudos do Fórum Futuro 10 Paraná, o custo do frete cairia de R$ 28,80 por tonelada do transporte rodoviário para R$ 13,76/t pela nova ferrovia. O Fórum é um movimento que reúne as principais entidades representativas do empresariado do estado e maior defensora da implantação da Ferrovia Maracaju-Paranaguá.