logo
Governo e política, crime e segurança, arte, escola, dinheiro e principalmente gente da cidade sem portas
post

Engels, um pensador para o nosso tempo

.

 

hhjhjh Engels pregava a organização dos trabalhadores. A recomendação continua valendo.

 

.

Ontem foi o dia do aniversário de Friedrich Engels.

Se fosse um amigo velho, você mandava mensagem: “Então, bro, grande momento! Tenha muita saúde, felicidade, grana e vida longa, né?”

Fried teve tudo isso – principalmente vida longa. Está ai há 200 anos, importante, citado em conversa, em jornais e na internet. E merece.

Sem o filósofo nascido no dia 28 de novembro de 1820, em Wuppertal, talvez a obra máxima marxista “O Capital” nunca viesse ao mundo.

Tem gente que classifica Friedrich Engels como um pensador do século 19. Opinião furada, coisa de estudante mal informado.  Mesmo que nem todas suas previsões tenham se mostrado verdadeiras, sua crítica ao capitalismo industrial é um retrato atual, reflete nossos problemas, diagnostica a crise de hoje, que pode ser conferida no supermercado da esquina.

“Um fantasma ronda a Europa – o fantasma do comunismo”. Que frase, heim? Engels e seu amigo Karl Marx tinham o dom do texto definitivo. Com o fantasma citado começa o Manifesto Comunista, provavelmente o documento mais divulgado no mundo depois da Biblia. Como diriam hoje: um sucesso de vendas e de público!

Precisava denunciar o capitalismo? Claro que não.

Era um bem nascido, herdeiro de próspera indústria textil na região do Ruhr.

Mas era contraditório. E, muito pelas contradições que embutia em sua condição de classe alta, acesso à cultura e solidariedade proletária,  um personagem fascinante.

Várias histórias são contadas sobre sua vida, desde seu gosto pela caça à raposa com representantes da elite inglesa até seus affairs com lindas proletárias irlandesas.

Era inevitável o aparecimento de muitas interpretações – e as desinterpretações – de seu pensamento político e econômico. Algumas levaram ao modelo de comunismo da União Soviética que desabou com o Muro de Berlin. Porque foram mal feitas.

Outras conduziram ao socialismo light da social democracia alemã, que se uniu à democracia cristã de Angela Merkel  numa aliança contra os “pobres” da União Europeia, como a Grécia e Portugal. E à tirania financeira do Banco Central Europeu.

O essencial de Engels é sua radiografia da desigualdade,  dos mecanismos que submetem os que dependem do trabalho aos os que manipulam o capital. Um de seus textos compara o trabalhador inglês do século 19 ao escravo. O escravo vivia melhor: tinha a casa, a comida e a vida garantidas pelo senhor. E o trabalhador desempregado, sem previdência social, sem medicina universal, sem dinheiro para o alimento e o aluguel, que garantia ele tem?

Ele não inventou a luta de classes. A luta estava lá – os pobres famintos e desempregados da Inglaterra eram testemunho dela.

Mais que um panfletário, Engels era um didata. Mostrou a anatomia da opressão econômica e apontou remédio para ela ao aconselhar, junto com Marx: “Trabalhadores do mundo, uni-vos!”

.

 

Posted on 29th novembro 2020 in Sem categoria  •  No comments yet

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *