Nossa transparência – faça o teste
Funcionário ganha bem? Não, ganha ó
Dar publicidade ao salário dos funcionários público…(assinale as alternativas certas)
1) Reduz os gastos do governo;
2) Faz os empregadinhos das empresas privadas morrerem de inveja;
3) Cria parâmetros para a remunerar os outros trabalhadores;
4)Fornece aos bandidos uma lista confiável (está no Diário Oficial) para futuros sequestros.
Resposta:
Todas as alternativas estão certas, menos a primeira.
A divulgação dos salários jamais reduzirá os gastos do governo com pessoal.
Salários são irredutíveis e só tendem a crescer.
Funcionários ganham aumentos acima da inflação quando o ano é eleitoral.
Quando não é ano de eleição, são promovidos por merecimento e por antiguidade; diagonalmente, verticalmente e horizontalmente; e acima de tudo aleatoriamente.
Assim, divulgar salários de funcionários públicos serve apenas como manobra diversionista.
Distrai a opinião pública.
Evita que o povo comece a perguntar quanto ganham os altos funcionários do sistema financeiro.
Eles ganham milhões, entre salários, bônus, prêmios de produtividade, gratificações, pagamento de despesas pessoais e familiares, passagens aéreas de primeira etcetera.
Tantos prêmios exacerbam a cupidez dos executivos.
Eles passam a aceitar títulos podres, emitir derivativos e colaterais, até o desastre.
Foi assim a bolha imobiliária dos EUA, em 2008, que gerou a depressão de 2009 até agora. Aquele derrame de títulos podres quebrou bancos, rebateu na Europa e retorna agora ao Brasil em sua segunda onda.
É o drama brasileiro. O Congresso tem uma bancada forte eleita pela Avenida Paulista. Ficou incapaz de votar uma lei da transparência para o setor privado.
Finge não saber que o setor não é tão privado quanto parece, já que os bancos vivem de pegar dinheiro a juro zero no exterior e emprestá-lo ao governo brasileiro a juros de 8,5% ao ano com risco zero de inadimplência.
Esse é um modo honesto de ganhar dinheiro. Há os métodos desonestos.
Deve-se ler os relatórios das liquidações extrajudiciais de bancos como o Panamericano, BMD ou Santos para descobrir que os diretores recebiam fortunas.
Administravam para arruinar o banco e eram premiados com milhões.
Faltava espaço na holerith para tanto zero.
A gente só ficou sabendo depois do estouro.
Não há lei da informação para as mutretas bancárias.
Antes do advento do moderno sistema financeiro, quem se apossava do alheio cometia crime e ia para a cadeia.
Hoje, os criminosos pegam o dinheiro e entram em liquidação extrajudicial (depois transformada em liquidação ordinária).
Ricos e bronzeados, desfrutam a vida em suas mansões, enquanto funcionários aposentados do Banco Central, diligentes liquidantes, cuidam de seus interesses.
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