O Enem é injusto
A prova do Enem é um jogo de perde-perde. Frustra quem estudou.
Se seus filhos estão indignados com a avaliação obtida na redação do Enem pode dar uma força – há toneladas de evidências científicas a favor deles.
A prova subjetiva é uma deslealdade com o estudante. Sempre. No vestibular também.
Um exemplo: um grupo de pesquisadores da Universidade Clarion da Pensilvania, EUA, juntou 120 monografias de alunos e tratou-as com um grau de cuidado que seu filho não recebeu – cada trabalho foi avaliado independentemente por 80 professores.
Os conceitos resultantes, numa escala de A a F, por vezes apresentaram variações de 2 ou mais graus. Em média, a diferença foi de quase 1 grau.Confira online em wac.colost.ate.edu/aw/articles/quesenberry2000/quesenberry2000.pdf.
Ou escreva Assessment of the writing component within a university general education program no Google, que ele abre o trabalho.
O cientista Leonard Mlodinow, que comenta a pesquisa em seu livro O Andar do Bêbado, considera um erro desse tamanho absolutamente lamentável porque o futuro de um estudante depende muitas vezes de tais resultados. Mas pergunta: o que ocorre porém se os avaliadores receberem instruções muito precisas e critérios fixos para avaliar os trabalhos?
Um pesquisador da Universidade de Iowa apresentou cerca de 100 trabalhos a um grupo de doutorandos em retórica e comunicação profissional, que recebera extenso treinamento em tais critérios. Dois avaliadores independentes davam notas a cada trabalho numa escala de 1 a 4. Quando as notas foram comparadas, notou-se que os avaliadores só concordavam em cerca de metade dos casos.
Uma analise de notas dadas a trabalhos de admissão para a Universidade do Texas chegou a resultados semelhantes. Está em Report to de Iowa State University Steering Committee on the assessment of ISU Comm-English 105 Course Essays.
Google esse titulo.
E dê um Google também em Inter-rater reliability of holistic measures used in the freshman admissions process of the University of Texas at Austin.
Enquanto não acabar com as questoes subjetivas o Ministério da Educação não pode dizer que a avaliação do Enem é justa.
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