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O veneno que vai à mesa

 

 

 

Comida mata O ovo pode conter salmonela e a alface vir temperada com bactérias coli.

 

Use o link abaixo para assistir ao documentário O Veneno Está na Mesa, do diretor Silvio Tendler. É uma informação de boa qualidade sobre o que contém os alimentos que comemos. O brasileiro está sendo intoxicado pelo que compra no supermercado. Ninguém escapa dessa peste química a menos que pare de comer. Ou que reaja.

Infelizmente, o veneno vai à mesa mas a indignação não chega à rua.

Não vira escândalo. Não empolga o Congresso. Dificilmente alcança a primeira página dos jornais. Jamais terá a dimensão que mereceu por exemplo o julgamento do mensalão.

Mas é crime. Certificar alimentos que contém substâncias cancerígenas é chancelar o homicídio lento de milhares de brasileiros. Difícil contar as vítimas, mas estão ai estatísticas sobre o aumento de doenças.

Uma desculpa para não investigar é o custo dos testes de laboratório. Reagentes continuam caros porque em boa parte ainda são importados. As universidades sobrevivem com orçamentos anêmicos e há pouca gente disposta a pesquisar a letalidade dos alimentos.

Mais fácil e barato controlar o lado de fora da comida. Na verdura da salada há bactérias patogênicas que vieram com a água suja da irrigação. Alguns empregados de supermercado contaminam frutas e verduras porque não lavam as mãos ao sair do banheiro. Aquele inocente amendoim que a gente compra no Mercado Municipal para fazer pé-de-moleque talvez tenha salmonela.

Nesta sexta-feira, o governo americano tomou uma providência para melhorar a qualidade dos alimentos. Lá, como as estatísticas são melhores, sabe-se que morrem 3.000 pessoas por ano por intoxicação alimentar, além de quase 200 mil internadas em estado grave e milhões de casos que não chegam a ser comunicados.

O controle vai custar US$220 milhões – muito menos do que qualquer estádio que vai virar elefante branco depois da Copa do Mundo. Identificar bactérias Coli, salmonela, shiguela, crisptosporidium custa bem menos do que pesquisar substancias químicas trazidas pelos defensivos agrícolas. E talvez seja mais importante.

 

Posted on 5th janeiro 2013 in Sem categoria  •  No comments yet

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