logo
Governo e política, crime e segurança, arte, escola, dinheiro e principalmente gente da cidade sem portas
post

O que Paulo Autran acharia de Brad Pitt nesse indigente O Homem da Mafia

 

 

Brad Pitt é bom, o filme é horrível O fracasso no bolso. Ele é produtor do filme.

 

Paulo Autran dizia que a platéia mais rigorosa do Brasil mora em Curitiba.

Mas mesmo ele teria se admirado com o que aconteceu sábado, na sessão das 21h10 do Cinemark Mueller: metade dos que compraram ingresso para assistir a O Homem da Máfia, com Brad Pitt, levantou e foi embora com menos de meia hora de filme.

As pessoas sairam em grandes grupos, reclamando da porcaria que estava na tela. Desconfio que amanhã, com o efeito boca-a-boca, a plateia vai encolher ainda mais. E na semana que vem só um milagre segura o filme em cartaz.

Entre os 50% que resistiram estava uma senhora simpática, de ar conformado.

-A senhora aguentou até o fim – elogiei. -É porque gosta do Brad Pitt?

-Tinha esperança que eles devolvessem o dinheiro da entrada.

O filme é arrastado. Até cenas de violência se transformam em interminável slow motion.

O pior é a insistência em passar uma mensagem política. A dificuldade dos mafiosos para tomar decisões é comparada com a lentidão da burocracia de Washington.

A comparação meio óbvia entre mafiosos e políticos não aparece uma vez só. É reiterada com insistência de camelô.

O Homem da Mafia ficou pretensioso e meio sem sentido. Ninguém paga ingresso para se entediar com discursos do Bush e do Obama na campanha de 2008. As pessoas queriam apenas uma história de gangsters com um pouco de humor. É o que prometem o trailer e as notas de divulgação.

O crítico Kevin Carr escreveu em seu blog que falta sutileza e originalidade ao cinema do diretor Andrew Dominik (que fez também o chatíssimo O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford). E sobram redundancias, como se fossemos idiotas que precisam explicação para a piada.

Há também falhas primárias de execução do roteiro. Em um bar da pesada aparece Barak Obama na C-Span. É como imaginar o garçon da Stuart ligando a TV Câmara.

Posted on 2nd dezembro 2012 in Sem categoria  •  No comments yet

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *