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O general adúltero, o Rei David e a Sindrome de Betsabá

 

 

A amante do general Começou com a biografia, terminou em tórrido affair.

 

O general David Petraus está revivendo nas manchetes o fracasso ético dos líderes de sucesso. Vitorioso no Iraque, comandante poderoso no Afganistão, elevado a chefe geral da CIA, não resistiu às tentações da carne e caiu na gandaia com sua biografa Paula Broadwell.

Por favor, olhe a foto e entenda a motivação do crime: quem resiste àqueles tríceps sensuais?

É a Sindrome de Betsabá, que lembra a fraqueza do Rei Davi. Depois de vencer todos os inimigos, o Rei de Israel caiu na orgia e se apaixonou pela irresistível Betsabá.

Para ter exclusividade naquele mulherão, mandou o marido dela, o soldado Uriah, para uma batalha perdida. Uriah foi morto. Está tudo no filme David e Betsabá, realizado por Henry King em 1951. Gregory Peck interpreta David, Susan Hayward é Betsabá, a mulher fatal. O DVD está no Blockbuster, disponível para o fim de semana.

O filme não é assistido nas academias militares dos Estados Unidos, mas os alunos recebem conselhos de um livro intitulado “Sindrome de Betsabá: o fracasso ético dos líderes bem sucedidos”, como conta o New York Times em http://www.nytimes.com/2012/11/13/us/petraeuss-resignation-highlights-concern-over-military-officers-ethics.html?hpw

O livro ensina que a galinhagem dos chefões é um problema internacional. Quanto mais poderoso o líder, menos comprometido ele se sente com os códigos morais da sociedade. No Brasil são lembrados com destaque os escândalos da Casa da Dinda, que botou abaixo o governo Collor. Mas estão longe de ser os únicos que merecem ser filmados.

A questão não é o político apaixonado pela secretária ou pela mulher do aspone. É o político que leva a namorada para hotéis de luxo em Paris, Roma ou Nova York e dá a ela presentes caros com o dinheiro do contribuinte.

Ou o político que arma um esquema de contas-fantasma para manter namoradas em apartamentos decorados com fino gosto, com adegas que fazem inveja ao Ritz de Paris. Ou levar namorados para férias em hot spots da Cote d’Azur.

Ultimamente, caíram em tentação uma série de chefes militares americanos.

O general William Ward, do Exército, conhecido como Kip, foi o primeiro militar designado para o novo Comando da Africa. Está sendo investigado pelo desvio de dezenas de milhares de dólares para viagens e hospedagem em hotéis 5 estrelas.

O brigadeiro general Jeffrey A. Sinclair, era sub-comandante da 82a Divisão Aerotransportada no Afeganistão. Está enfrentando um grande juri que vai decidir se ele deve ser julgado por adulterio, orgias e possível sodomia com cinco mulheres.

James H. Johnson III, antigo comandante da 173a Brigada Aérea, foi expulso do Força, multado e rebaixado de coronel para tenente-coronel depois de ser preso por bigamia e fraudes beneficiando sua própria família.

O Força Aérea Americana luta para se recuperar do escândalo no centro de treinamento da base aérea de Lackland, no Texas. Ali, seis instrutores foram acusados por crimes que incluem estupro e adultério com lindas recrutas.

Na Marinha, o contra-almirante Charles M. Gaouette caiu do comando da base de porta-aviões de Stenin. O motivo oficial é “avaliação imprópria”. Sem mais detalhes.

O adjetivo impróprio tem uma força em inglês que não veio para o português. O general John R. Allen está sob investigação após trocar 20 mil folhas de email de”conteúdo impróprio” com Jill Kelley, aquela senhora de Tampa que começou toda a confusão com uma denúncia contra Paula Broadwell, a amante do general Petraeus.

Posted on 14th novembro 2012 in Sem categoria  •  No comments yet

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