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Não festeje o fim do cabresto. Os currais eleitorais podem ter migrado para dentro da urna eletrônica

O sucesso do sistema de votação eletrônica adotado por muitos países, entre eles o Brasil, pode se transformar num histórico fracasso tecnológico e político. As máquinas de votação estão tendo sua confiabilidade questionada. Hackers podem invadir o sistema e alterar as votações.

 É o que diz na revista Salon o jornalista Brad Friedman. Ele sustenta que as máquinas de votar usadas por um quarto dos eleitores americanos (e pela totalidade dos brasileiros) podem ser manipuladas ao custo de US$10.50 em peças. O hacker não precisa ter elevado conhecimento técnico.


A fonte da informação são os especialistas em segurança e ciência computacional do Argonne National Laboratory, de Illinois, que trabalha para o governo americano. Os especialistas garantem que a invasão nas máquinas pode mudar votos sem deixar para trás qualquer sinal de manipulação.

 

Roger Johnston, chefe do grupo de avaliação de vulnerabilidade afirma que “os ataques são potencialmente possíveis numa grande variedade de máquinas eletrônicas de votar”. O laboratório em que trabalha recebeu a missão de avaliar a segurança da Diebold Accuvote, máquina que, por sinal, estava na seção eleitoral do Colégio Professor Brandão, na av. João Gualberto. E descobriu que elas são inseguras.

 

O Argonne Lab é do Departamento de Energia dos EUA e tem a missão de fazer pesquisas científicas para atender necessidades do país. A Diebold Accuvote usada no estudo foi entregue aos cientistas pela Velvet Revolution, que se define como “uma organização criada com o propósito de oferecer maior para cidadãos e organizações criarem um governo limpo, transparente e responsável”. No momento, a VR está oferecendo um prêmio de um milhão de dólares a quem entregar informações que permitam provar uma fraude eleitoral e a prisão dos responsáveis por ela.”

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Prêmio para quem provar a fraude Um milhão de dólares pela prova

 

Anteriormente, os pesquisadores provaram a facilidade com que hackers podiam penetrar no sistema touchscreen da mesma Diebold. Os ataques requeriam, de acordo com o grupo de Argonne, conhecimento de códigos e do software mais do que o necessário para invadir a máquina atual.

 

Agora foi possível hackear a máquina sem qualquer modificação, reprogramação ou conhecimento do código-fonte. Houve apenas a inserção de um “alien eletrônico” de baixo custo.

 

Entre no link para assistir à demonstração da eficiência do ataque à máquina de votar Diebold Accuvote. O vídeo é do WWW.BradBlog.com. O mesmo grupo demonstrou com sucesso, em 2009, a insegurança da tela touch-screen fabricada pela Sequoia Voting Systems.

 

O assunto é importante mas tem sido evitado pelos tribunais eleitorais do Brasil. No Congresso Nacional existem projetos para aumentar a confiabilidade do voto. Um deles usa a mesma máquina Diebold, mas além de gravar o voto em meio magnético produz um voto impresso que, depois de conferido pelo eleitor, é cortado pela máquina e guardado numa urna convencional.

 

Curioso é que as eleições da Venezuela deixaram de ter seus resultados contestados quando o governo adotou esta sistema de votação com cópia em papel.

 

Os especialistas sustentam que o sistema DRE (Direct Recording Electronic) é pouco confiável, a menos que emita comprovante impresso. Guardados em urna acoplada à máquina de votar, os votos em papel podem servir para recontagem quando necessário.

 

 

 

Posted on 1st novembro 2012 in Sem categoria  •  No comments yet

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