Machismo, assédio e oportunismo político
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Discutir assédio sexual dá boa audiência para humoristas como Paulo Silvino e políticos como Rogerio Campos.
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Este é o pais em que o Zorra Total tinha um quadro chamado Metrô Zorra Total e onde Paulo Maluf disse “estupre mas não mate”.
Depois de uma pausa obsequiosa, recomeça a discussão rebarbativa sobre machismo e feminismo.
Aqui em Curitiba, o vereador Rogério Campos, PSC, conseguiu parecer favorável da comissão de legislação da Câmara de Curitiba para o projeto que cria linhas de ônibus cor de rosa, exclusivos para mulheres.
Na remotíssima hipótese de ser aprovada, a proposta destina 20% da frota de ônibus, em horários de pico, ao transporte de mulheres.
Explicação do vereador: “Precisamos dar uma opção às mulheres que sofrem com o assédio nos ônibus.”
As feministas não concordam com isso. Diz Marilia Moschkovich, na Carta Capital: “além de não resolver nada e reforçar a heteronormatividade e o próprio machismo, os vagões exclusivos ainda fomentam uma outra forma de opressão de gênero.”
Como o projeto ainda deve passar pelas comissões de direitos humanos, segurança publica e serviço público, é pouco provável que seja votado este ano.
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