Escândalos e biografias
A família não pediu para censurar..
A discussão sobre biografias ficaria mais inteligente se os interessados olhassem para fora do Brasil. Publicam-se em todo o mundo biografias terríveis, com detalhes escabrosos sobre os biografados. Quando há calúnia ou difamação, os prejudicados entram na justiça para receber indenização.
Quando o livro contem fatos comprováveis circula sem impedimento porque em poucos lugares do mundo parece existir alguma coisa como o artº 20 do Código Civil brasileiro.
Uma prova? Os escândalos sobre a família Kennedy e seu entorno divulgados no livro de François Forestier “Marilyn e JFK”. A edição da Objetiva é de 2009, ainda fácil de encontrar nas livrarias.
O autor transmite informações chocantes sobre os maus hábitos do presidente dos EUA, que dormia com um número quase infinito de prostitutas, estrelas de cinema e mulheres dos amigos. Em consequência, tinha seguidos “acessos de doenças venéreas”. Consumia drogas variadas – maconha, anfetamina, cocaína, LSD.
O livro informa também que parte da celebridade de JFK foi adquirida pelo pai, o rico senador Joe Kennedy. Até uma matéria de capa da revista “Time” foi comprada em dezembro de 1957. Custou 75 mil dólares.
Na época o Estadão publicou entrevista com Forestier, em que o autor conta que para escrever sobre toda aquela sujeira da política norte-americana “foi preciso uma sólida documentação, um editor paciente e um defeito crucial. Uma má índole. Eu tenho”.
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