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Com o Ibope-CNI Beto ficou mais perto da reeleição. E talvez da vice-presidência

richa E tem também a vaga do Michel Temer

 

Diante da imensidão da numeros espalhados pelas 54 páginas do relatório da Pesquisa CNI-Ibope qualquer um se sente, ao mesmo tempo, vasto e árido. Os dados daqui para a frente serão manipulados de muitas maneiras, por marqueteiros, politicólogos e aproveitadores deste vasto deserto da ignorância humana. Apesar disso, algumas conclusões são inevitáveis.

A primeiro: quem sonha ganhar a eleição estadual do ano que vem deve prestar atenção ao Planalto. A pesquisa mostra que, no ano que vem, o eleitor vai votar de olho no desempenho do governo federal, que anda mal. A eleição para presidente vai puxar as outras.

Assim, quanto mais próximo o candidato estiver da presidente Dilma, maior o perigo. A impopularidade é infecciosa. Ruim para a Gleisi Hoffmann, que deve pensar rápido num jeito de descolar da presidente. Ou desistir da candidatura, se o governo federal continuar com essa imagem de ineficiência.

Ao contrário, quem fizer oposição leva vantagem. Governadores mais populares são os dos estados de Pernambuco, Paraná, Ceará e Minas Gerais. De Pernambuco e Minas saem dois netos: Eduardo Campos, neto do mítico Miguel Arraes, e Aecio Neves, herdeiro do avô Tancredo. Como fortes candidatos à presidência da República já negociam a troca de apoios. Quem for para o segundo turno será endossado pelo outro.

Neste momento, alguém pode estar soprando no ouvido de Beto Richa que há duas vagas de vice-presidente aguardando candidatos. Resta saber se o Brasil ainda é a terra em que os vices têm chance de assumir por impeachment, renúncia ou morte do titular.

Isso não quer dizer que o marqueteiro de Gleisi estará desarmado. Ao contrário. 72% dos paranaenses acham que Beto usa mal o dinheiro público. É ruim, embora não seja tão ruim quanto  a média de avaliação dos governadores, de 82%.

Beto Richa é avaliado positivamente pelo desenvolvimento do estado e não perde pontos com saúde, segurança e educação, que são vistos como problemas do governo federal. No caso da segurança, vale fazer uma nova pesquisa e verificar o tamanho do estrago causado pelos fracassos das policias civil e militar na resolução de crimes. Até hoje a polícia não tem a menor idéia de quem matou a menina Raquel e largou o corpo na Rodoviária. Nem sabe explicar porque matou um brigadeano em desastrada incursão ao Rio Grande do Sul. Tampouco encontrou a pista do assassino da adolescente Tayná, notícia que já chegou à CNN e outros veículos internacionais.

De qualquer forma, a reeleição do governador é a melhor aposta para 2014. Com a ressalva de que eleição a gente ganha (ou perde) nos últimos 15 dias.

 

 

Posted on 26th julho 2013 in Sem categoria  •  No comments yet

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