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O Brasil, na Seção de Cartas

 

escreve Prezado senhor editor:

 

Estou acompanhando a crise pelos comentários de leitores dos jornais estrangeiros.

 

Diz Maria Martin, leitora de El Pais.

O paulistano paga a passagem de ônibus mais cara do mundo em relação a seu salário, segundo cálculo dos economistas da Fundação Getúlio Vargas para o jornal Folha de S. Paulo. Enquanto em Madri o viajante tem que trabalhar 6,52 minutos para pagar sua passagem, o paulistano deve investir quase 14 minutos.

 

Diz Uziel, no New York Times

De volta ao Brasil depois de 30 anos, visitei minha mãe em São Gonçalo, Minas Gerais. Lá encontrei um antigo colega de escola que entrou na política e, naturalmente, ficou rico. Durante a conversa regada a muita cerveja, perguntei por que ele decidiu ir para a política. A resposta sincera foi aquela de Willy Sutton: “É lá que está o dinheiro.”

Desde 1889, o Brasil vem sendo dirigido por uma cleptocracia formadas por famílias ricas, com um sistema judicial montado para garantir a impunidade dos ricos. Muitos imaginaram que isso podia mudar quando o Partido dos Trabalhadores, PT, liderado pelo ex-presidente Lula, ganhou o poder em 2003. Pela primeira vez, um partido com pessoas de origem humilde alcal

nçava o poder. Entretanto, o PT adaptou-se rapidamente ao status quo da velha cleptocracia. Nem um único político corrupto cumpriu pena na prisão na história do Brasil.

O sistema politico explica porque jovens estão indo para as ruas. Os brasileiros pagam mais impostos do que os norte-americanos (37% do Produto Interno Bruto contra 27% nos EUA). Em troca, recebem do Estado transporte public, saude, educação e segurança padrão Somália.

Promover a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 foi uma jogada da qual o ex-presidente Lula pode se arrepender. Em vez de exibir os sucessos da economia brasileira, os eventos mostrarão a fraqueza do sistema político, enterrado em corrupção e incapaz de modernizar a economia e melhorar as condições de vida e a segurança da população.

 

Diz Palmesan, no Guardian

O povo gosta de imaginar que esporte é só esporte, mas nacional e internacionalmente esporte é um braço do big business.  O gasto com estádios em diferentes países para alojar todos os tipos de “Jogos” e “Copas” é obsceno. Esses eventos – incluindo as Olimpiadas – só são bons para o grande negócio e para os pequenos políticos que pegam as sobras.

Seria bem mais honesto se em vez de seleções nacionais, os times fossem batizados com os nomes dos patrocinadores (e assim a gente teria a seleção da Nike contra a equipe da Adidas em todos os esportes).

O certo é construir os estádios num único local – a Grecia por exemplo parece um cenário adequado para os Jogos Olímpicos – e determinar que as despesas de manutenção fiquem por conta dos patrocinadores. ,

 

Posted on 19th junho 2013 in Sem categoria  •  No comments yet

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