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Uma parte da cidade parou de funcionar por causa do decreto municipal que restabelece a bandeira laranja para evitar o crescimento da pandemia.
Parou mesmo?
Não parece. Ontem corri os bares do Juvevê, Bacacheri e Boa Vista. Lá estava a velha turma tomando cerveja e assistindo ao Palmeiras ganhar do Athletico.
A explicação para o abuso é simples: existem muitos bares e poucos fiscais. Fazer o quê?
O decreto que manda voltar para a bandeira laranja tem sete páginas e 21 considerandos. Remete o leitor a mais de uma dezena de éditos municipais. Um cipoal burocrático. Felizmente, o G1 fez um levantamento sobre o que realmente muda.
- “Restaurantes e lanchonetes: podem funcionar das 6h às 22h. No decreto anterior, podiam funcionar até as 23h;
- Circos, teatros, cinemas e museus: podem abrir das 6h às 22h. Antes não tinham restrições de horário.
- Feiras de varejo e feiras livres: podem abrir das 6h às 22h. Antes não tinham restrições de horário.”
É uma bandeira laranja bem parecida com a bandeira amarela.
Pense se há realmente diferença entre o restaurante fechar às 22 ou às 23 horas. Principalmente porque fala fechar a porta mas não em mandar a freguesia embora.
Se você chegar antes das 22h – li o aviso em vários restaurantes – será bem atendido.
O decreto é bastante generoso com os shopping centers, um dos locais onde o perigo de contaminação é maior. Agora, eles podem funcionar das 8h às 22h. No decreto anterior, podiam abrir das 11h às 22h.
E revogam-se as disposições em contrário.
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