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Alter analisa uma nova categoria de vício: o vício comportamental e oferece ferramentas para as vítimas – que somos todos nós – fugirem do perigo.
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O Eduardo Moreira deu a dica em seu canal do YouTube: leia “Irresistible”, de Adam Alter. O subtítulo explica o livro: The Rise of Addictive Technology and the Business of Keeping us Hooked. Traduzido do meu jeito dá: “O Advento da Tecnologia Viciante e do Negócio de nos Manter Ligados”.
O pai que neste momento tenta em vão tirar o garoto da telinha ou do joguinho precisa ler com muita atenção. Vai descobrir um jeito para levar o menino a bater uma bola lá fora.
Pela resenha da NPR, a rede pública de rádio dos EUA, vemos que comportamentos podem se transformar em vícios. Vicio mesmo. Como o alcool. Como o jogo. Como a cocaína.
Os especialistas estão apenas iniciando pesquisas na área. O professor Alter ensina psicologia na Universidade de Nova York e está na liderança da pesquisa sobre o que faz dos joguinhos uma coisa tão compulsiva. Ele avalia também o alto preço que todos teremos de pagar se continuarmos nesse caminho.
O trabalho de Alter nos leva ao interior do cérebro no exato momento em que marcamos um ponto no joguinho do celular, ou vemos que alguém deu um like na foto que postamos no Instagram. Uma boa quantidade de dopamina e liberada e vai para um ponto do cérebro identificado como centro do prazer.
Você fica feliz por um tempo – e logo quer sentir mais prazer. Está viciado.
Sair do vício, de qualquer vício, requer apoio da família, assistência psicológica. O professor ensina o caminho. Coloca as opções para superar o problema antes que o vício nos consuma. Trata-se, afinal, de ignorar o ding do novo e-mail, o próximo episódio da série viciante da TV ou o desejo de jogar só mais uma partida.
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