Tiro no pé e outras alternativas

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A História ensina que homens e nações agem com sabedoria depois de haver esgotado todas as outras alternativas.

A frase é de Abba Eban, grande político e diplomata de Israel, e parece sintetizar o que acontece por aqui.

Na tentativa de esgotar as alternativas, alguém decidiu que o presidente Bolsonaro merecia ser homenageado em Nova York.

Não deu certo, o Presidente acabou humilhado e o ministro das Relações Exteriores, que devia saber o que estava acontecendo em NYC, mostrou que não sabe nada.

Agora, o Brasil trabalha com a alternativa de cortar o orçamento das universidades públicas, aparentemente sem saber que isso aumentará nosso atraso em relação ao resto do mundo.

Cada dia fica mais evidente que o governo não corta despesas por ideologia. Nem por estratégia política. É ignorância mesmo.

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Outro dia, a pretexto de elogiar a pesquisa avançada com grafeno na Universidade Mackenzie, Bolsonaro afirmou que se faz mais pesquisa nas instituições privadas do que nas públicas. O Marcelo Leite corrigiu a declaração em sua coluna da Folha: “Um equívoco colossal.”

89% de tudo que se pública em revistas científicas de prestígio é gerado na universidade pública.

Em fevereiro passado, médicos e biólogos mostraram que ser infectado pelo vírus da dengue pode proteger parcialmente as pessoas dos efeitos do vírus da zika. O trabalho foi conduzido por pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) da Bahia e da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), duas instituições públicas.

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Neste fim de semana, começamos a ouvir o grito da universidade. Sem dinheiro, não haverá pesquisa básica e os hospitais universitários terão que fechar alas inteiras.

Daqui a pouco ouviremos o protesto do conjunto da sociedade. Porque todo mundo tem filho ou parente estudando. Todo mundo. principalmente os mais pobres, precisa de hospitais públicos, onde é gerada pesquisa de ponta, como a de células tronco e o transplante de medula óssea.

O ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, disse há pouco que a reversão dos cortes orçamentários é imprescindível para a continuidade de três ações prioritárias da pasta: a manutenção do pagamento de bolsas para pesquisadores, recursos para unidades de pesquisa de todo país e o prosseguimento do projeto Sirius, acelerador de partículas brasileiro que, em alguns aspectos, será o melhor do mundo.

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Quando o Bolsonaro esgotar todas as alternativas e começar a agir com sabedoria restará alguma coisa para ele governar?

 

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