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Esqueça a Dilma, o PT, o PMDB, a matilha de corruptos que tomou conta do Congresso.
O monstro que causa desemprego, corta verba do SUS, paga miséria para o professor no Brasil e boa parte do mundo é um animal muito distante das questões políticas e morais.
O nome dele ganância, mas alguns espertos o chamam de austeridade.
Sua espinha dorsal são políticas destinadas a reduzir os gastos do Estado. De engessar despesas com saude e educação, como proposto no Plano Temer. De não tocar na alentada parcela da receita destinada ao pagamento da dívida pública.
Os títulos do Tesouro, remunerados a 14,25% ao ano, enriquecem ainda mais o 1% de superbilionários.
A má notícia é a seguinte: a agenda da austeridade está dando certo. O neoliberalismo não morreu. Na América do Sul está acumulando vitórias na Argentina, Uruguai, Brasil (onde o jogo será decidido no Senado ao votar o impeachment), Paraguai.
Ah, mas sem austeridade não vamos solucionar nossos problemas econômicos.
Não é verdade.
Antonio Gramsci chama a atenção para o fato de que “a tradicional classe dominante”, e não seus adversários dos partidos de esquerda, é a mais bem posicionada para assumir o comando na crise.
Tem controle das instituições que realmente interessam – os bancos, o mercado, a grande midia, os formadores de opinião.
Desses promontórios, é fácil dirigir a agenda política.
O que sobra para o povo em geral? Organizar-se em torno de ideias.
Fora austeridade!
Uma boa ideia