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Giulia Enders, guarde esse nome. Você ainda vai ouvir falar muito sobre ela. Jovem (24 anos), faz doutorado na Universidade Goethe, de Frankfurt. Acaba de lançar o best seller Darm mit Charme, que pode ser traduzido como Charmosos Intestinos, e vendeu 200 mil exemplares em oito semanas.
No Guardian, o resenhista Philip Oltermann recomenda não classificar a obra como “livro para ler no banheiro”, principalmente porque não se deve ler livros no banheiro.
A autora discute o ato de defecar, a prisão-de-ventre e outros problemas do intestino, mas a mensagem é otimista. O trato gastrointestinal não é apenas o mais injustiçado órgão do corpo humano, mas “o mais importante conselheiro do cérebro”.
Giulia Enders lamenta que nós tenhamos tanto orgulho das complexas atividades do cérebro e do coração e consideremos o intestino como pouco mais do que um tubo vergonhoso que produz “pequenas coisas marrons e ruidos”.
Poucos sabem que só a última parte dos oito metros de intestino lida com fezes, que ele produz mais de vinte tipos de hormônio, contém mais de mil espécies de bactérias e é controlado por um sistema nervoso que só perde em complexidade para o cérebro. Os cientistas começam a explorar uma interessante hipótese: a saúde dos intestinos tem influência direta em nosso bem-estar, na motivação, na memória e no senso de moralidade. Mais do que o próprio DNA.
Abri um vídeo dela explicando essas coisas. Não sei uma palavra de alemão, além de Danke, mas entendi a mensagem. Essa Giulia é uma tremenda comunicadora.