A falta que ele lhes faz (II)

20150316-034933.jpgNo meio do protesto, evidências de que a democracia brasileira está doente. (foto GGN).
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20150316-035031.jpgNão adianta perguntar se há gente com saudade da ditadura. A dúvida é se há muita gente com saudade dos anos de chumbo. (Foto GGN).

O Brasil está cheio de gente desinformada.

Um exemplo: o jornal coloca na manchete que há 1,2 milhão de pessoas na Avenida Paulista.

Mais tarde, um engenheiro fez a conta certa. A Avenida Paulista tem 2.500 metros de extensão por 40 de largura, incluindo a calçada. Multiplicando um pelo outro, dá 100 mil metros quadrados. Dez pessoas por metro quadrado é impossível. Então, os jornais diminuiram. Agora, no Fernando Rodrigues está a informação de que “segundo o Datafolha, São Paulo teve a maior manifestação política (210 mil pessoas) desde as Diretas-Já, em 1984.”

Entendeu, leitor? Era 1,2 milhão de manifestantes na manchete da hora. Agora, são 210 mil.

Esse número inclui todo tipo de radical, até os que pediam pena de morte e volta dos militares ao poder.

Além de números, a grande imprensa devia responder uma indagação objetiva: o que está acontecendo no Brasil, afinal de contas.

Achei uma explicação razoavelmente boa no Luis Nassif.

Ele diz que estamos assistindo a um estouro da boiada. Sem fundo ideológico. Sem orientação partidária. O estouro pelo estouro.

Porque há muita gente pagando imposto demais e vendo o governo trabalhar de menos. Todos os governos – Sarney, Fernando Henrique, Lula, Dilma.

Esses estouros de boiada, diz o Nassif, podem levar a um Hitler, a um Berlusconi ou a um Roosevelt, dependendo de quem conseguir dirigir os instintos da boiada.

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