Natal da fartura. E do medo

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Supermercado Condor, zero hora de terça-feira. E o povo comprando.


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Viu aquele filme dos americanos fugindo de Saigon, no fim da Guerra do Vietnã? Tinha gente brigando por panetone com a mesma fúria que os americanos brigavam por vaga no último avião. Brigando mesmo. No empurrão, no palavrão, na ameaça de porrada, que a turma do deixa disso evitou.


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Não é o pior, mas disputa o título com os Natais do Sarney, quando a inflação era de 80% ao ano.

Meu amigo sincero diz que tem medo dos próximos doze meses. Há amigos insinceros que têm medo mas não dizem.

Só os muito loucos ou muito vigaristas arriscam dizer o que acontecerá no ano que vem.

A turma do terceiro turno é integrada por representantes dos dois grupos. Procura um jeito de derrubar a Graça Foster. Assim poderá dizer depois que a Dilma também sabia.

Antes de dizer qualquer coisa, convém notar o que está acontecendo com a economia.

1. O petróleo despencou para 34 dólares o barril.

2. Os juros do cheque especial com nova alta em novembro. Passaram para 191,6% ao ano, informa o Banco Central. É o maior patamar desde abril de 1999.

3. Os números da produção apontam para baixo. Fabricas fabricam menos, lojas vendem menos, consumidor compra menos.

Se o brasileiro tiver juizo, vai trabalhar para – por exemplo – baixar o custo de produção de tudo que exportamos. Ou vamos perder mercado para as Malasias da vida.

Os outros continuarão a pedir impeachment.

Desconfio que haverá muitos natais sem fartura.

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