O insuportável blablabla

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Olha ai a fila da eleição biométrica. Você tem coragem de encarar isso de novo?

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Os candidatos continuam trocando acusações. Corrupção daqui e dali, aeroporto do Aécio contra escândalo da Petrobrás – os malfeitos se multiplicam na cabeça do eleitor e vão certamente contribuir para aumentar o número de votos em branco ou anulados.

Quem assistir ao debate desta noite verá como estamos perdendo uma bela oportunidade de propor novidades ao Brasil. Aumentar o imposto de renda dos ricos, por exemplo. Instituir de fato, e não na retórica, um imposto territorial que realmente puna os especuladores imobiliários. Uma parte dos que trabalham em Curitiba mora em Colombo, Tamandaré e Pinhais porque lá a terra é um pouco mais barata.

Idéias brilhantes são necessariamente corajosas. Envolvem transferência de renda da parte de cima para a base da pirâmide social. O Brasil é desigual e ficou difícil alterar essa realidade.

O Globo, 19/3/2013, que hoje se dedica quase exclusivamente a reverberar aquele depoimento do ex-diretor da Petrobrás que vazou, publicou, em março do ano passado a seguinte matéria assinada por Marcelo Correia
“Mesmo com o forte investimento do governo em programas de redução da pobreza nos últimos anos, o Brasil ainda é um dos países com maior desigualdade social do mundo, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Publicado nesta terça-feira, o “Relatório Territorial Brasil 2013” analisa diversos aspectos do país e revela que, apesar dos avanços significativos nos últimos 15 anos, a disparidade entre as economias dos estados brasileiros continua alta, menor apenas que a do México e duas vezes superior à média dos membros da OCDE.
De acordo com o estudo, o coeficiente Gini (que mede a desigualdade de renda) entre os estados brasileiros era de 0,30 em 2010, enquanto o do México, o mais desigual, era de 0,34. O coeficiente varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 0, menor a desigualdade. O país com melhor distribuição de renda é o Japão, com índice de 0,06.”.

(Leia o resto em http://oglobo.globo.com/economia/brasil-tem-segunda-pior-distribuicao-de-renda-em-ranking-da-ocde-7887116#ixzz3G8TjaS5O)

Não é só o Brasil que é injusto. A concentração de renda é uma doença dos emergentes. Na Argentina, o 1% mais rico detém 16,75% da da riqueza nacional – e o 0,01% fica com 2,49%. Na Colômbia é pior: 20,45% da renda nacional para o top 1% e 2,64% para o 0,01% de bilionários.

Algum candidato está propondo taxação das grandes fortunas? Elevação do IR para, digamos, os 10% mais ricos?

Mudança nas regras de sucessão e de transferência de ativos para os filhos?

Alguém sugere um imposto territorial realmente progressivo?

Não? Então ninguém pode reclamar de quem votar em branco, para protestar contra o blablabla eleitoral.

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